Protestos

Em nota, Marconi diz que informações sobre manifestações hostis o levaram a não comparecer a evento de Dilma

O governador Marconi Perillo divulgou nota na noite desta segunda-feira (9/5) em que afirma que…

O governador Marconi Perillo divulgou nota na noite desta segunda-feira (9/5) em que afirma que as informações sobre a presença de militantes políticos hostis à presença dele na inauguração das obras do novo terminal do Aeroporto Internacional de Goiânia o levaram a não comparecer ao evento, que teve a participação da presidente Dilma Rousseff. No comunicado, Marconi lamenta a mobilização política e fala de sua atuação em prol do início e conclusão das obras e cita seu empenho para a criação das universidades federais de Catalão e Jataí, cuja implantação foi confirmada pela presidente.

“Em todos os meus mandatos, no exercício da função de governador do Estado de Goiás, pautei-me sempre pelo respeito institucional às autoridades constituídas do País e, em especial, à mais alta autoridade, que exerce o cargo de Presidente da República”, diz o governador, na nota. “Apesar de todo esse intenso e dedicado trabalho, lamento não ter podido comparecer à cerimônia de inauguração do aeroporto e de anúncio de criação das universidades, porque fui informado de que seria, mais uma vez, hostilizado por grupos radicais ligados a partidos políticos e movimentos sociais”, conclui Marconi.

No texto, o governador disse que a inauguração do aeroporto, apesar de ainda faltarem obras complementares, e a assinatura da criação das duas novas universidades são pleitos pelos quais ele lutou durante 20 anos. “Foram mais de 20 anos de dedicação a estas causas”, disse. “Como governador, destinei, em meus quatro governos, quase R$ 200 milhões para a consolidação dos câmpus da Universidade Federal de Goiás em Catalão e Jataí”, afirmou.

“Quanto ao Aeroporto de Goiânia, dei o primeiro passo, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso. No governo Lula, a obra foi iniciada e embargada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por suspeitas de irregularidades. Já no governo da presidente Dilma, deflagrei verdadeira peregrinação à Brasília”, diz Marconi, na nota. “Foram quase 70 reuniões junto aos presidentes e ministros do TCU, além de seus auditores e técnicos, de diretores da Infraero, dos ministros da Defesa, dos ministros da Aviação Civil, até que, depois de mais de 20 reuniões no TCU, conseguimos finalizar acordo que envolveu o tribunal, a Infraero e o consórcio construtor”, relatou.

Sobre a criação das universidades, Marconi lembrou na nota que, no final de 2015, “solicitei uma audiência junto à Senhora Presidente para tratar especificamente desse assunto”. Marconi afirmou ainda ter “solicitado correspondências do reitor da UFG e dos diretores dos câmpus de Catalão e Jataí” e que “levou todas as informações técnicas e financeiras, especialmente quanto ao baixíssimo custo que estas novas instituições de ensino superior agregarão às despesas do Tesouro Nacional”.

Leia, abaixo, a íntegra da nota assinada pelo governador Marconi Perillo:

“NOTA DO GOVERNADOR MARCONI PERILLO

Em todos os meus mandatos, no exercício da função de governador do Estado de Goiás, pautei-me sempre pelo respeito institucional às autoridades constituídas do País e, em especial, à mais alta autoridade, que exerce o cargo de Presidente da República.

Deveria, portanto, receber a Excelentíssima Senhora Presidente da República, Dilma Rousseff, já que tenho entre minhas características o respeito à democracia e ao republicanismo. Além disso, estou muito feliz com a entrega das obras do Aeroporto de Goiânia e com a assinatura do projeto de lei que criará as universidades federais de Catalão e Jataí.

Foram mais de 20 anos de dedicação a estas causas. Como governador, destinei, em meus quatro governos, quase R$ 200 milhões para a consolidação dos câmpus da Universidade Federal de Goiás em Catalão e Jataí. O último benefício ocorreu no início deste ano, com a destinação de 70 alqueires para universidade, área onde está assentado o atual campus de Jataí. Investimentos vultosos foram realizados em pagamento de professores, obras de infraestrutura, dentre outros benefícios, como a construção de prédios, teatros, bibliotecas, entre outros.

No final de 2015, solicitei uma audiência junto à Senhora Presidente para tratar especificamente desse assunto. Solicitei correspondências do reitor da UFG e dos diretores dos câmpus de Catalão e Jataí. Levei todas as informações técnicas e financeiras, especialmente quanto ao baixíssimo custo que estas novas instituições de ensino superior agregarão às despesas do Tesouro Nacional. Recebi naquela data a garantia de que o pleito seria atendido. Fui autorizado, inclusive, a fazer o anúncio na mesma data, em Goiânia, com a presença do reitor da UFG, professor Orlando Amaral, e pró-reitores.

A partir de então, começamos as tratativas junto ao Excelentíssimo senhor ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e à Casa Civil da Presidência da República para concretização deste sonho dos catalanos e jataienses e de suas regiões.

Quanto ao Aeroporto de Goiânia, dei o primeiro passo, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso. No governo Lula, a obra foi iniciada e embargada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por suspeitas de irregularidades. Já no governo da presidente Dilma, e à época já em meu terceiro governo, deflagrei verdadeira peregrinação à Brasília.

Foram quase 70 reuniões junto aos presidentes e ministros do TCU, além de seus auditores e técnicos, de diretores da Infraero, dos ministros da Defesa, dos ministros da Aviação Civil, até que, depois de mais de 20 reuniões no TCU, conseguimos finalizar acordo que envolveu o tribunal, a Infraero e o consórcio construtor. Participei de todas essas reuniões, por isso estou feliz com a entrega das obras, mesmo que ainda não tenham sido totalmente concluídas, pois ainda faltam intervenções como o viaduto de acesso à BR 153, dentre outras.

Apesar de todo esse intenso e dedicado trabalho, lamento não ter podido comparecer à cerimônia de inauguração do aeroporto e de anúncio de criação das universidades, porque fui informado de que seria, mais uma vez, hostilizado por grupos radicais ligados a partidos políticos e movimentos sociais.

Goiânia, 9 de maio de 2016.”