Em sua primeira fase fora do Brasil, Lava Jato prende suspeito em Lisboa
Operador Raul Schmidt Felippe Junior é investigado por suspeita de pagamento de propina aos ex-diretores da Petrobras Renato Duque, Jorge Zelada e Nestor Cerveró
A força-tarefa da Operação Lava Jato prendeu na madrugada desta segunda-feira (21) o operador Raul Schmidt Felippe Junior, em Lisboa, Portugal. Trata-se da primeira prisão no exterior de um integrante do esquema de corrupção da Petrobras.
Schimidt é suspeito de envolvimento em pagamentos de propinas aos ex-diretores da estatal petrolífera Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada. A prisão preventiva não tem prazo determinado para vencer. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão envolvendo o investigado, mas os locais não foram informados.
Os mandados, expedido pelas autoridades brasileiras, foram cumpridos pela Polícia Judiciária portuguesa e pelo Ministério Público local.
O operador, que vivia em Londres, onde mantinha uma galeria de arte, estava foragido desde julho de 2015, quando foi expedida sua ordem de prisão.
Além de atuar como operador, de acordo com o Ministério Público Federal, Raul Schmidt Felipe Junior “aparece como preposto de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da Petrobras”.
Ele tinha dupla nacionalidade, brasileira e portuguesa, e havia se mudado para Portugal após a deflagração da Operação Lava Jato.
A data para que ele seja desembarque em território nacional dependerá da conclusão do processo de extradição junto às autoridades do país europeu. Ainda não há informação sobre quando ele chegará ao Brasil.