Embaixada pede que brasileiros não visitem províncias na Ucrânia
Orientação é deixar Luhansk e Donetsk sem demora
A Embaixada do Brasil na Ucrânia recomendou, nesta terça-feira (23), que brasileiros não viagem para as províncias separatistas Luhansk e Donetsk. A orientação foi divulgada por meio do perfil da embaixada no Twitter. “Aconselha-se aos cidadãos que já estejam nessas regiões que considerem deixá-las sem demora”, alertou a publicação.
Com relação aos desdobramentos dos últimos dois dias, a Embaixada reforça sua recomendação de atenção e para que sejam evitadas visitas às províncias ucranianas de Donetsk e Luhansk. Aconselha-se aos cidadãos que já estejam nessas regiões que considerem deixá-las sem demora.
— Embaixada do Brasil na Ucrânia (@BrasilUkraine) February 23, 2022
A Ucrânia declarou hoje estado de emergência e pediu que seus cidadãos na Rússia deixem o país, enquanto Moscou começou a esvaziar sua embaixada em Kiev, capital ucraniana. Os ucranianos temem um ataque militar completo da Rússia.
Entenda
Luhansk e Donetsk foram reconhecidas na última segunda-feira (21) como independentes pelo governo russo. Com a medida, as províncias não são mais reconhecidas como território ucraniano, o que abre espaço para a livre movimentação de tropas russas. O presidente Vladimir Putin enviou tropas aos locais, classificadas por ele como tropas de paz.
No Conselho de Segurança da ONU, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, condenou a decisão da Rússia. Segundo ele, a medida desafiou as normas e os princípios da lei internacional e a integridade da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionais reconhecidas.
Sanções
Ontem (22), em coletiva de imprensa, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o envio de tropas russas às províncias marca o início da invasão da Ucrânia pelo país. O líder norte-americano e aliados também anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.
Brasil
No início da semana, o embaixador brasileiro na Organização das Nações Unidas (ONU), Ronaldo Costa Filho, fez uma declaração no Conselho de Segurança da entidade defendendo uma “solução negociada” entre Ucrânia e Rússia, que leve em consideração “os legítimos interesses de segurança” de ambos os países e o respeito aos princípios defendidos pelas Nações Unidas.
O embaixador apelou “a todas as partes envolvidas para que evitem uma escalada de violência e que estabeleçam, no mais breve prazo, canais de diálogo capazes de encaminhar de forma pacífica a situação no terreno”.