Empresário da 44 confessa ter assassinado funcionário, em Goiânia
Apreensão de um carro que foi comprado para trazer cigarros contrabandeados do Paraguai teria motivado o crime
Um empresário que possui duas lojas de roupas na Rua 44, e uma lavanderia em Goiânia, foi preso junto com um funcionário. Os dois são suspeitos de matar, em abril desse ano, um homem que trazia produtos contrabandeados do Paraguai para ele. O crime teria sido motivado pelo fato do carro comprado pelo empresário para trazer cigarros do Paraguai ter sido apreendido pela polícia.
Flávio Pereira Rosa foi morto a tiros na noite do dia 20 de abril na frente da esposa, da sogra e de dois filhos dentro da própria casa, no Setor Residencial Junqueira. Conforme apurou a polícia, o crime foi cometido pelo empresário Genesmar Martins de Oliveira, de 35 anos, que contou com o apoio de seu funcionário Fábio Lopes Vieira, de 35 anos.
Os tiros, segundo o delegado Thiago Martimiano, adjunto da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), foram todos disparados pelas costas. “O Genesmar comprou, pelo valor de R$ 30 mil, um Vectra para que o Flávio buscasse cigarros no Paraguai para ele. Nas três primeiras vezes deu certo, mas na quarta vez o carro e os cigarros foram apreendidos. O Flávio falou sobre a apreensão, mas como parou de atender o celular, o Genesmar foi na casa dele junto com o Fábio, e após uma discussão acabou por executá-lo”, relatou o delegado.
Além de Fábio, um segundo funcionário de Genesmar também teria presenciado a execução, mas segundo Thiago Martimiano, foi ao local sem saber do que se tratava. “Nós ainda não o encontramos, mas já sabemos quem é, e vamos ouvi-lo no inquérito, porém, a priori, apenas o Genesmar e o Fábio responderão pelo crime. O que mais chama a atenção, porém, é que o Genesmar é um empresário muito bem sucedido, e jamais precisaria ter cometido tal ato por conta da apreensão de um simples veículo”, concluiu.
Presos temporariamente, Genesmar e Fábio, segundo o delegado, devem ter a prisão transformada em preventiva. Os dois foram indiciados por homicídio qualificado, por motivo fútil, e sem chance de defesa, crime que tem pena prevista de 12, a até 30 anos de reclusão.