Empresário faz sucesso ao criar barbearia com funcionários e clientes nus no CE
Imagina você ir para cortar o cabelo e ser atendido por alguém totalmente sem roupa?…
Imagina você ir para cortar o cabelo e ser atendido por alguém totalmente sem roupa? Pois é! Isso pode ser encontrado em Fortaleza (CE), onde um empresário faz sucesso por abrir uma barbearia com funcionários e clientes nus.
De acordo com Rodney Araújo, de 28 anos, a criação do espaço é inspirada em uma praia de nudismo. A barbaria conta com nove meses de existência e já possui duas filiais na capital cearense. O local tem com seis funcionários e o público masculino pode fazer corte de cabelo, barba, depilação, banho de lua, limpeza de pele, massagem corporal, entre outros serviços.
Segundo ele, a pandemia foi o fator principal para se reinventar após o espaço de bronzeamento da mãe – onde ele trabalhava atendendo o público masculino – sofrer uma drástica queda de movimento.
“Sempre que via algo sobre o assunto despertava a minha curiosidade. Um belo dia, vi uma matéria em uma dessas praias e comecei a pensar como seria oferecer serviços nesses locais. Uma sementinha que ficou. Com a pandemia, os clientes foram se afastando. Conversando com um amigo barbeiro joguei a ideia dele cortar cabelo pelado, ele topou e comecei a divulgar o serviço”, relata Rodney.
Barbearia com funcionários e clientes nus faz sucesso
As redes sociais foram uma base para divulgação dos serviços ofertados pela barbearia. Logo que postou que o diferencial era que clientes e funcionários pudessem ficar à vontade – literalmente falando – muitos homens tiveram interesse de conhecer o local. A demanda cresceu exponencialmente e fez com que Rodney alugasse espaço, fizesse um curso de barbeiro e também colocasse a mão na massa.
“Comecei a fazer vários agendamentos. Você não tem noção do tanto de tabu que a gente quebrou, gente que tinha vergonha do próprio corpo e quando chega aqui se sente à vontade. A gente desconstrói esse desbloqueio do corpo”, afirma.
Ele afirma que contou com certa dificuldade no início de encontrar barbeiros que topassem ficar nus, pois muitos tinham vergonha. Dessa forma, ele decidiu preservar a imagem dos funcionários que aceitaram e decidiu adotar apelidos que são usados também no marketing da empresa, para atrair clientes.
“Não posso esconder o fato de que muita gente vem através de fetiche e no começo os profissionais não queriam ter a identidade revelada. Então eles começaram a usar apelidos como o ‘barbeiro urso’, ‘barbeiro hétero’, ‘ex-motorista de aplicativo’. Trago o povo pela curiosidade, mas sempre tento mostrar que é um trabalho normal, é um trabalho tranquilo”, disse.
Os clientes podem ser atendidos sem roupa ou, se preferir, ficar de cueca, roupão ou toalha. Já os atendentes sempre ficam nus. Para garantir que haja uma experiência tranquila, o empresário diz que o local conta com regras que devem ser seguidas pelos clientes.
“A regra principal é não poder tocar no profissional. O fato de tirar a roupa não quer dizer que você pode fazer o que quiser. Ficar sem roupa dá a liberdade no meu corpo e não no da outra pessoa. Também tem a questão das fotos. Tem pessoas que vêm com malícia de querer filmar escondido, por isso a gente inibe o uso de celular, para ser usado só em casos extremos. Assim a gente preserva a imagem dos clientes”, explica o empresário.
Segundo Rodney, 60% dos clientes que vão ao local são turistas e o público é bem variado, desde o LGBTQIA+ a homens héteros, alguns deles até casados. Corte de cabelos e barbas são os mais procurados, seguido do serviço de depilação.
Crítica e apoio da mãe
Rodney afirma que quando os vizinhos souberam como seria a dinâmica de atendimento da barbearia passou a receber muitas críticas. Porém, um apoio muito importante foi crucial para levar a ideia adiante: o da mãe.
“Trabalhava com ações sociais e já dei aulas de dança na comunidade, por isso sou muito conhecido na região. Fiquei muito abalado com essas críticas, tive acompanhamento com o psicólogo, mas bati o pé e falei: ‘se eu fiz isso acontecer, eu vou continuar’. Minha mãe sempre me apoiou e mudei de bairro”.