Ameaçado

Vídeo: Empresário jurado de morte pelo PCC é morto no Aeroporto de Guarulhos

Antônio Gritzbach firmou acordo de delação premiada com o MP em março

Empresário jurado de morte pelo PCC é morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos (Foto: reprodução)

Um empresário jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) foi morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, nesta sexta-feira (8/11). Trata-se de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, que, em março deste ano, firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público daquele estado. Ele teria revelado supostos esquemas da organização criminosa e denunciado planos de extorsão envolvendo policiais civis de São Paulo. Outras três pessoas ficaram feridas no atentado.

Ainda não há informações sobre a identificação ou estado de saúde das demais vítimas. O empresário era jurado de morte pela facção. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados, mas o empresário não resistiu aos ferimentos. Gritzbach já havia sido alvo de um atentado em outra ocasião.

Vídeos de câmeras de segurança e de testemunhas mostram que os atiradores fugiram do local em um Gol preto. O carro foi abandonado nas imediações do aeroporto e recuperado pouco tempo depois por equipes do 3° Batalhão de Polícia de Choque. O veículo estava na Avenida Otávio Braga de Mesquita, ainda em Guarulhos.

Prisões ainda não foram feitas. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram pessoas caídas no saguão do aeroporto e nas vias de acesso ao estabelecimento.

Veja quando o empresário jurado de morte pelo PCC é morto a tiros no aeroporto de Guarulhos

Gritzbach sabia demais sobre o PCC, afirma polícia

Diretora do departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, afirmou ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, que Gritzbach sabia de muita coisa.

“É uma situação em que ele estava exposto ali, vinha sendo ameaçado. Ele, nas duas vezes em que nós falamos com ele, acreditava que era alvo de integrantes do crime organizado. Porque ele é confesso em falar que agiu lavando dinheiro para o PCC. Já era alvo de processo junto ao Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) por essa lavagem de dinheiro. Ele sabia muita coisa do PCC, sabia onde estavam colocando esse dinheiro”, disse.

De acordo com o MP, o empresário atuava no ramo de bitcoins e criptomoedas.

Em nota, a Secretaria de Segurança de São Paulo afirmou que “o policiamento no local e imediações segue reforçado com PMs do batalhão de área e do Choque”. Já a GRU AIRPORT, concessionária que administra o aeroporto, informou “que a polícia foi prontamente acionada, assim como a equipe médica do aeroporto”.

*Com informações de O Globo