RISCO

Entidades jornalísticas alertam para impacto das mentiras para população do RS

Dados da Defesa Civil, nesta manhã de terça-feira (7), informam que o número de mortes no Estado chegou a 90

Entidades sindicais jornalísticas emitiram uma nota para reforçar que a disseminação de mentiras (fake news) dificulta a situação da população do Rio Grande do Sul, afetada pelas fortes chuvas desde o último mês. Dados da Defesa Civil, nesta manhã de terça-feira (7), informam que o número de mortes no Estado chegou a 90.

Além disso, 132 pessoas estão desaparecidas e outras 361 feridas. O governo também contabiliza 155.741 cidadãos desalojadas e 48.147 temporariamente em abrigos.

Em relação à nota, ela foi publicada, também nesta terça, pelo Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS), Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e Federação de Jornalistas da América Latina e do Caribe (Fepalc). “Pessoas, famílias, comunidades e municípios gaúchos, em situação de extrema dificuldade para sobrevivência, são alvos de notícias e conteúdos criminosos, que propagam, velozmente e com alcance massivo, mentiras e informações falsas, que tumultuam a logística de salvamento público e voluntário”, destaca.

Segundo a nota, equipes de resgates, “que já ultrapassam todos os limites técnicos e humanos para salvar vidas, incluindo controle estratégico e operacional, deparam-se com obstáculos que extrapolam qualquer capacidade de gestão de segurança e operação pública. Já são incontáveis os apelos de agentes públicos e públicas, cidadãos e cidadãs com profundo engajamento em salvar vidas, para que pare a disseminação de fake news”.

Mentiras

Em um dos casos, a Brigada Militar do Rio Grande do Sul precisou divulgar um vídeo desmentindo as fake news de que as guarnições da corporação estariam fiscalizando as embarcações que realizam resgate nas cidades atingidas pela enchente. O vídeo está nas redes sociais do governo estadual.

Nele, o Sub-comandante da BM, coronel Douglas Soares, afirma: “Não estamos fazendo nenhum tipo de fiscalização em quem está fazendo salvamento. Não estamos verificando nenhum tipo de autorização para pilotar uma embarcação ou até um veículo. O nosso objetivo, neste momento, de todas as forças de segurança pública, em especial a Brigada Militar, é salvar as pessoas”, destaca.

Além disso, o governo do Rio Grande do Sul já precisou desmentir que exista cobrança nos trajetos até as áreas afetadas pela tragédia e nas doações. “Não repasse essa informação falsa e, se quiser repassar, repassa dizendo que as doações passam aqui sem cobrança de impostos”, diz o vídeo divulgado.

Há, ainda, outras mentiras circulando nas redes, inclusive sobre um número elevado de mortos com vídeos de outros países.

Confira a nota AQUI.