Estados Unidos anunciam pacote de US$ 11 bilhões para preservação da Amazônia
US$ 50 milhões são destinados ao Fundo Amazônia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na manhã deste domingo (17), em Manaus, um pacote consolidado de US$ 11 bilhões anuais para iniciativas globais de conservação, com destaque para a preservação da Amazônia. Durante a primeira visita de um chefe de Estado americano em exercício à região, Biden detalhou acordos bilaterais com o Brasil, incluindo US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, além de aportes para combate ao desmatamento, apoio à bioeconomia e fortalecimento das comunidades indígenas.
O pacote é uma medida para minimizar as críticas do governo Biden que tenta deixar uma impressão positiva ao entregar a gestão para Donald Trump. Apesar de ter sido eleito em 2020, como um presidente que daria atenção às mudanças climáticas, poucas ações foram vistas nesse sentido.
Durante os quatro anos de mandato de Biden, é a primeira vez que ele visita a Amazônia, por exemplo, já no apagar das luzes de seu governo, derrotado nas eleições que ocorreram no último dia 5 de novembro.
Biden também vem para celebrar os 200 anos de relações bilaterais entre os dois países. Após visita a Manaus, ele deverá seguir ao Rio de Janeiro, onde cumprirá agendas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros chefes de estado no G20. As iniciativas incluem investimentos diretos e parcerias estratégicas com ONGs e bancos brasileiros, além de medidas para coibir crimes ambientais, como mineração ilegal, desmatamento e incêndios florestais.
Principais investimentos e ações na Amazônia
Entre os aportes anunciados, destacam-se:
- US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, dobrando a contribuição dos EUA.
- US$ 180 milhões para reflorestamento no Pará, por meio da Coalizão Leaf.
- US$ 14 milhões para projetos indígenas e de comunidades locais.
- Apoio à bioeconomia e produção de baixo carbono, com meta de mobilizar US$ 10 bilhões até 2030.
- US$ 1,4 milhão para combater mineração ilegal e tráfico de mercúrio.
Além disso, os Estados Unidos financiarão a capacitação em tecnologia para rastreamento da origem de madeira ilegal e a ampliação da parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para monitoramento por satélite e combate às queimadas.