VÍDEO

Estudante diz que policial tentou detê-lo por estar com toalha de Lula durante votação em Trindade

Nas redes sociais, Felipe Linhares postou o vídeo em que ele questiona o policial militar o motivo da abordagem e refuta o direito ao alegar que não é crime portar bandeira

Felipe Linhares disse que policial o acusou de crime eleitoral por estar com toalha de Lula na Seção Eleitoral (Foto: Montagem - Redes Sociais - Arquivo Pessoal)

Um estudante de Direito usou as redes sociais neste domingo (2) para denunciar que um policial militar tentou levá-lo à delegacia por estar usando uma toalha do candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. O caso aconteceu na Escola Municipal Maria Dolores, Setor Renata Park, em Trindade.

O estudante Felipe Linhares gravou o momento em que questiona o policial sobre o motivo da abordagem. Nas imagens (assista abaixo), é possível ver quando o jovem alega que não é crime portar a bandeira.

“Tem algum funcionário da Justiça Eleitoral aqui? Não é crime portar bandeira, ele tá querendo me conduzir para delegacia só porque eu estou com a bandeira”, alega o estudante.  

Ao Mais Goiás, Felipe disse que chegou à Seção Eleitoral usando uma camiseta, dois adesivos e uma toalha com o rosto de Lula, mas não se expressou oralmente a favor do candidato. Ele contou que o policial o abordou, o retirou da fila e disse que o levaria a uma delegacia pois, segundo o militar, o jovem estava cometendo crime eleitoral.

“Ele me mostrou um PDF com um texto que dizia que portar alguns objetos era crime, mas entrei no site do TSE e mostrei a ele que não estava cometendo crime algum”, disse o rapaz.

Estudante diz que policial tentou detê-lo por estar com toalha de Lula na hora da votação, em Trindade

Segundo Felipe, o policial disse que ligaria para um superior para chamar uma viatura. O jovem, então, voltou para a fila. Ele afirma que, momentos depois, o militar o procurou, disse que o estudante estava certo, mas pediu que guardasse a toalha de Lula.

“Ele me pediu para ficar só com a camiseta ou ia me encaminhara para a delegacia. Disse que estava exercendo meu direito e não estava cometendo crime algum”, afirmou o jovem, que voltou à fila e registrou seu voto.

Em nota, a Polícia Militar (PM) disse que o jovem não foi preso e que nenhum procedimento por parte do policial foi instaurado. Ainda de acordo com a corporação, o policial abordou o jovem, pois pessoas que estavam na mesma fila para votação relataram incômodo com a toalha, mas que isso não o impediu de votar. 

A PM reforçou ainda que as eleições na capital têm acontecido de forma tranquila sem nenhum histórico de violência grave.  

De acordo com a Justiça Eleitoral, é permitido ao eleitor ou eleitora se manifestar de forma individual e silenciosa por meio de bandeiras, broches, emblemas e adesivos. O uso de camisetas também é autorizado, desde que não gere aglomeração.