Estudante diz que policial tentou detê-lo por estar com toalha de Lula durante votação em Trindade
Um estudante de Direito usou as redes sociais neste domingo (2) para denunciar que um…
Um estudante de Direito usou as redes sociais neste domingo (2) para denunciar que um policial militar tentou levá-lo à delegacia por estar usando uma toalha do candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. O caso aconteceu na Escola Municipal Maria Dolores, Setor Renata Park, em Trindade.
O estudante Felipe Linhares gravou o momento em que questiona o policial sobre o motivo da abordagem. Nas imagens (assista abaixo), é possível ver quando o jovem alega que não é crime portar a bandeira.
“Tem algum funcionário da Justiça Eleitoral aqui? Não é crime portar bandeira, ele tá querendo me conduzir para delegacia só porque eu estou com a bandeira”, alega o estudante.
Ao Mais Goiás, Felipe disse que chegou à Seção Eleitoral usando uma camiseta, dois adesivos e uma toalha com o rosto de Lula, mas não se expressou oralmente a favor do candidato. Ele contou que o policial o abordou, o retirou da fila e disse que o levaria a uma delegacia pois, segundo o militar, o jovem estava cometendo crime eleitoral.
“Ele me mostrou um PDF com um texto que dizia que portar alguns objetos era crime, mas entrei no site do TSE e mostrei a ele que não estava cometendo crime algum”, disse o rapaz.
Estudante diz que policial tentou detê-lo por estar com toalha de Lula na hora da votação, em Trindade
Absurdo! Policial queria me conduzir à delegacia por eu estar com uma bandeira com imagem do Lula! Rebati não hora, não irei ser silenciado! #LulaNoPrimeiroTurno13 pic.twitter.com/69lOGV4G8c
— felinhares (@eufelinhares) October 2, 2022
Segundo Felipe, o policial disse que ligaria para um superior para chamar uma viatura. O jovem, então, voltou para a fila. Ele afirma que, momentos depois, o militar o procurou, disse que o estudante estava certo, mas pediu que guardasse a toalha de Lula.
“Ele me pediu para ficar só com a camiseta ou ia me encaminhara para a delegacia. Disse que estava exercendo meu direito e não estava cometendo crime algum”, afirmou o jovem, que voltou à fila e registrou seu voto.
Em nota, a Polícia Militar (PM) disse que o jovem não foi preso e que nenhum procedimento por parte do policial foi instaurado. Ainda de acordo com a corporação, o policial abordou o jovem, pois pessoas que estavam na mesma fila para votação relataram incômodo com a toalha, mas que isso não o impediu de votar.
A PM reforçou ainda que as eleições na capital têm acontecido de forma tranquila sem nenhum histórico de violência grave.
De acordo com a Justiça Eleitoral, é permitido ao eleitor ou eleitora se manifestar de forma individual e silenciosa por meio de bandeiras, broches, emblemas e adesivos. O uso de camisetas também é autorizado, desde que não gere aglomeração.