Estudante suspeito de planejar massacre no DF é solto após pagar fiança de R$ 5 mil
Na delegacia, o rapaz, morador da Asa Sul, confessou que participava de grupos nazifascistas e antidemocráticos na internet há, pelo menos, um ano
Depois de pagar fiança de R$ 5 mil, foi solto o estudante de 20 anos suspeito de planejar massacres no Distrito Federal e de armazenar conteúdo de pornografia infantil no telefone celular. Ele havia sido preso pela Polícia Civil do DF na manhã de terça-feira (29) e responderá às acusações em liberdade.
O acusado mora com os avós, que são servidores públicos aposentados, em uma casa de dois andares que fica na Asa Sul, em Brasília. Um dos vizinhos disse ao Correio Braziliense que o jovem tinha pouco costume de sair de casa. No quarto dele, a polícia encontrou uma arma de airsoft, facas e canivetes, um taco de beisebol e até uma máscara do personagem fictício Jason Voorhees, assassino da série de filmes slasher Sexta-Feira 13.
Em depoimento na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), o estudante confessou também que participa de grupos nazifascistas e antidemocráticos na internet há, pelo menos, um ano. A investigação durou cerca de dois meses e foi conduzida com apoio de agências internacionais de inteligência e segurança.
Também durante o interrogatório, o suspeito contou que sofreu bullying e participava de um grupo na web que discutia assuntos relacionados a massacres, mas disse que acreditava que não teria coragem “quando chegasse o momento”. Nas redes sociais, ele afirmou que disparava discursos homofóbicos, misóginos e nazistas, mas os textos seriam apenas “ironias”.
Aos 20 anos, o rapaz cursa o 3º ano do ensino médio em um colégio particular da Asa Sul. Durante toda a vida escolar, ele ficou matriculado na mesma instituição, exceto no 6º ano do ensino fundamental (em 2014), época em que foi para uma escola pública.