Estudo mostra qual população usa menos camisinha; veja posição do Brasil
Preservativos são o método mais eficaz de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis
Uma pesquisa global realizada pela marca Durex, que entrevistou mais de 39 mil pessoas em 36 países, revelou quais regiões do mundo mais utilizam preservativos durante o ato sexual e quais menos os utilizam. O Brasil ocupa a 14ª posição no ranking, com apenas 32% dos brasileiros afirmando terem usado camisinha nos últimos 12 meses. O país está atrás de outros sul-americanos, como o Peru, que figura em 3º lugar com 41%, e o México, em 13º com 33%.
Nos três primeiros lugares, destacam-se os Emirados Árabes Unidos, com 63% de adesão ao uso do preservativo, seguidos pelo Vietnã (46%) e Peru (41%). No outro extremo da lista, as menores taxas foram registradas em países como Estados Unidos (16%), França (16%), Reino Unido (15%), Canadá (14%), Japão (12%) e Países Baixos (12%).
Os preservativos são amplamente reconhecidos como o método mais eficaz na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), com uma taxa de eficácia de 95% quando usados corretamente. No entanto, o estudo revela que o uso incorreto pode reduzir essa eficácia para cerca de 79%. Entre os motivos mais citados para não usar camisinha estão a percepção de falta de sensação (16%), falta de espontaneidade (14%) e a ideia de que o preservativo pode prejudicar o humor (13%).
Goianos estão entre os que menos usam camisinha durante sexo
No Brasil, Goiás se destaca como um dos estados com menor adesão ao uso de preservativos. Um estudo da Famivita, empresa especializada em saúde feminina, apontou que apenas 30% dos goianos costumam utilizar camisinha durante as relações sexuais. O estudo também revela que a faixa etária mais resistente ao uso do preservativo está entre 40 e 44 anos, com 72% dos entrevistados nessa idade admitindo não ter o costume de usá-lo.
A baixa adesão ao uso de preservativos reflete em problemas de saúde pública, como o aumento das taxas de infecções sexualmente transmissíveis, especialmente em países onde o uso é menos comum. O Japão, por exemplo, que apresenta uma das menores taxas de uso de preservativos (12%), é a região com a maior prevalência de ISTs desde 1990, segundo um relatório publicado no Frontiers in Medicine.
• Mais de 1,1 milhão de preservativos foram distribuídos em Goiânia, em 2023