Economia

Exemplo de Goiás pode viabilizar o desenvolvimento econômico do País

A implantação de medidas de sustentabilidade no agronegócio, a exemplo do que já ocorre em…

A implantação de medidas de sustentabilidade no agronegócio, a exemplo do que já ocorre em Goiás, vai viabilizar o desenvolvimento econômico do País. A avaliação foi feita hoje por autoridades políticas, de mercado e ambientalistas, durante palestras de abertura do Seminário Agronegócio e Energias Renováveis, realizado na manhã de hoje no Castro’s Park Hotel, em Goiânia.

No evento, organizado pelo governo do Estado de Goiás, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos de Goiás (Secima), jornal Valor Econômico e Banco Santander, especialistas ressaltaram o papel pioneiro do governador Marconi Perillo na execução de um agronegócio sustentável, focado em parcerias entre público e privado.

O titular da Secima, Vilmar Rocha, ressaltou que o agronegócio deve ser analisado como um dos caminhos mais viáveis para o desenvolvimento econômico do País. “Para isso, precisamos adensar todas as ideias, tecnologias e projetos na área de meio ambiente em favor de um agronegócio sustentável. É a tendência e temos de segui-la. Este processo já foi iniciado em Goiás, por orientação do governador Marconi Perillo”, avaliou.

O presidente do Santander no Brasil, Sérgio Rial, frisou que para conectar sustentabilidade com o agronegócio é necessário estabelecer uma agenda de trabalho entre empresas e governos, onde se discutam ideias e ações.  Segundo ele, um dos exemplos de sucesso dessa parceria está na realização do próprio seminário Agronegócio e Energias Renováveis, cuja ideia surgiu durante uma reunião com o governador Marconi Perillo, em São Paulo (SP).

 “Este seminário é fruto de um alinhamento entre setor púbico e privado. A ideia surgiu num almoço com Marconi em São Paulo. O alinhamento de setor público e privado vai aprimorar a única vantagem competitiva que nosso País tem, que é o agronegócio. Este setor ainda vive com crédito subsidiado pelos governos. Acreditamos que este País precisa viabilizar mais independência ao agronegócio do setor público e mais parceria com o mercado”, afirmou.

Consórcio

O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, por sua vez, destacou que o avanço da sustentabilidade no agronegócio passa também pela parceria entre os estados. Para tanto, sete estados do Centro-Oeste e Norte estão conectados por meio do Consórcio Brasil Central.

“Agronegócio é a realidade de um Brasil que dá certo. Temos de pensar em alternativas para crescer com sustentabilidade e superar o apagão logístico. É por isso que temos o Consórcio Brasil Central aqui, presidido e idealizado pelo Marconi Perillo. Os Estados consorciados respondem por mais de 50% da produção agrícola do País e têm uma realidade muito semelhante. Essa troca de informações e experiências vai nos permitir avançar juntos em questões sanitárias, competitividade, desenvolvimento e barreiras”, assinalou.

Ministério

A ministra da Agricultura, Katia Abreu, destacou que o setor público deve trabalhar com base nas premissas de eficiência para garantir o desenvolvimento almejado: “Estamos atualizando o ministério nas prerrogativas que o agronegócio exige, buscando a eficiência do mercado, acabando com os processos manuais e digitalizando todos. Em cem dias, fizemos isso, possibilitando agilidade na habilitação de empresas aptas a vender no País”. “Somos empregados dos contribuintes e devemos ser ágeis”, afirmou.

Ela destacou também o papel do Estado na Defesa Agropecuária: “Temos o dever de gerar confiança ao mundo, tomando medidas de segurança. Somos um País tropical e temos de estar preparados para enfrentar as pragas. Temos uma fronteira com 381 pontos de alto risco (divisa seca). Estamos fazendo um trabalho de inteligência territorial, de eliminação da aftosa, da peste suína clássica, gripe aviária. Não economizamos com defesa agropecuária”.

 Segunda ela, o ministério trabalha com a destinação de 80% do seu orçamento para a atividade-fim e 20% para a atividade-meio. “Tivemos um corte de R$ 580 milhões. Mas o impacto foi de R$ 180 milhões. Isso porque reduzimos a atividade-meio e transferimos para a atividade-fim”, observou. Outro ponto está na formulação de uma lei agrícola plurianual (a exemplo da Europa e EUA). “Ainda usamos o plano safra ano a ano. Esquecemos de mudar os métodos. Temos hoje um grupo de economistas construindo os pilares da lei agrícola”, afirmou.

Kátia lembrou que a pesquisa e a ciência são a base para o desenvolvimento. “A FAO espera o aumento de produtividade de 40% do Brasil. Por isso temos de investir em tecnologia para aumentar a produtividade de forma sustentável. Apoiamos isso no trabalho da Embrapa”, comentou. Outro ponto, disse ainda a ministra, é o acesso dessa esta tecnologia pela classe média e baixa rural.