Explosão de gás em condomínio de Porto Alegre fere nove pessoas e torre pode desabar
Está sendo analisado ponto de conexão que dá acesso para a cozinha do apartamento onde houve o acidente
CAUE FONSECA
PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Uma forte explosão feriu nove pessoas -dois bombeiros e sete moradores- e afetou a estrutura de um prédio em um condomínio na zona norte de Porto Alegre, na madrugada desta quinta-feira (4).
Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, o incidente ocorreu por volta da meia-noite quando os oficiais atendiam a uma ocorrência de cheiro de gás no local.
Os bombeiros tiveram ferimentos leves, um deles com queimaduras no rosto. Já os moradores foram hospitalizados -dois tiveram queimaduras graves e estão na UTI.
O condomínio, localizado no bairro Rubem Berta, tem 22 torres e mais de 400 apartamentos, mas nem todos estão ocupados. Segundo o comando do Corpo de Bombeiros, três andares do prédio em que ocorreu a explosão tiveram danos estruturais e duas torres ainda correm risco de desabamento.
Todo o condomínio foi evacuado, e as famílias foram orientadas a buscar abrigo com parentes. Desde a madrugada o local está isolado.
Segundo relatos de moradores, condôminos da torre 10 perceberam forte cheiro de gás vindo de um dos apartamentos e acionaram os bombeiros e a portaria. O condomínio era abastecido por GLP (gás liquefeito de petróleo) encanado, e a válvula que abastece os imóveis foi fechada quando o cheiro foi relatado.
Os bombeiros já haviam retirado os moradores do apartamento de onde foi relatado o cheiro e estavam no andar de baixo quando a explosão aconteceu.
Só não houve mais feridos porque os moradores já haviam deixado os apartamentos desde o relato de vazamento, antes da chegada dos oficiais.
Quatro veículos do Corpo de Bombeiros combateram as chamas. Pela manhã, os moradores das torres mais distantes puderam acessar os apartamentos para retirar pertences, mas o local segue interditado.
Uma perícia será realizada para averiguar as causas do vazamento e da explosão, mas aguarda o prazo de 24 horas para o esfriamento das estruturas.
Nesta quinta (4), a Tenda, construtora do imóvel, e a Consigaz, empresa que fornece GLP ao condomínio, emitiram notas oficiais sobre o incidente. Além de ambas lamentarem o ocorrido, a Tenda declara que um “perito terceiro fará a inspeção in loco” para “melhor entender o caso” e ter mais informações.
Já a Consigaz disse que “segundo informações preliminares, o incidente ocorreu dentro de um apartamento” e que ” todas as instalações de responsabilidade da Consigaz, localizadas na área externa do condomínio, estão de acordo com as legislações vigentes, e seguem intactas”.