Explosão em mina na Turquia mata ao menos 22 pessoas e deixa 49 soterradas
A explosão em uma mina de carvão em Bartin, no norte da Turquia, matou ao menos…
A explosão em uma mina de carvão em Bartin, no norte da Turquia, matou ao menos 22 trabalhadores nesta sexta-feira (14), segundo o ministro da Saúde, Fahrettin Koca. Koca afirmou também que 17 foram feridos e estão sendo tratados.
Não está claros se os óbitos envolvem funcionários que estavam presos na estrutura. Paralelamente ao anúncio da pasta federal, a governadora de Bartin, Nursac Aslan, havia dito que oito trabalhadores tinham conseguido escapar por conta própria, mas que ainda havia “44 pessoas a 300 [metros abaixo da entrada da mina] e outras 5 a 350 [metros]”.
Imagens mostradas por emissoras de TV locais mostravam feridos sendo levados para ambulâncias e uma aglomeração de equipes de resgate nos arredores da instalação.
A explosão ocorreu por volta das 18h15 do horário local (12h15 no horário de Brasília). Em um primeiro momento, a Autoridade da Turquia para Gestão de Desastres atribuiu o acidente a uma pane em um transformador elétrico. Mais tarde, voltou atrás na informação, dizendo que a causa da explosão ainda era desconhecida.
A principal hipótese levantada por especialistas ouvidos na imprensa turca é a de uma explosão causada pelo acúmulo de grisu —um gás inflamável, formado principalmente de metano, liberado nas minas de carvão.
Não há incêndios em andamento dentro da mina e a ventilação interna está funcionando corretamente, disse o ministro da Energia, Fatih Donmez, acrescentando que houve colapsos parciais dentro da mina.
Localizada na cidade de Amasra, a cerca de 300 quilômetros de Ancara, a mina é administrada pela Empresa Turca de Carvão, estatal mineradora.
Em 2014, a Turquia assistiu ao pior acidente industrial de sua história. Na cidade de Soma, próximo ao litoral do mar Egeu, uma explosão, também em um transformador, deixou 787 mineiros presos abaixo do solo.
A explosão resultou em um incêndio, que vitimou 301 mineiros. Os demais 486 foram resgatados. Na época, Erdogan foi considerado como insensível ao reagir àquelas mortes, suscitando protestos contra seu governo.