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Fabio Wajngarten deixa defesa de Bolsonaro em caso das joias

Fabio Wajngarten, um dos advogados que atuava na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), anunciou,…

Fabio Wajngarten deixa defesa de Bolsonaro após indiciamento no caso das joias. Foto: Reprodução

Fabio Wajngarten, um dos advogados que atuava na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), anunciou, nesta quinta-feira (8), que deixará o caso das joias, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é do Metrópoles.

A decisão foi tomada após o defensor ser indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga a suposta venda de joias sauditas recebidas por Bolsonaro durante seu mandato. Em declaração, Wajngarten explicou que sua saída da defesa é uma questão de “dever de ofício”, cumprindo as normas do Código de Ética da advocacia e a legislação vigente.

O advogado alegou que seu indiciamento se deu de forma injusta, relacionando-o à recompra de um Rolex nos Estados Unidos, supostamente para “atrapalhar as investigações”. Wajngarten nega qualquer irregularidade em sua conduta.

“A razão é simples: por minha atuação como advogado do ex-presidente Bolsonaro, fui injustamente indiciado pela Polícia Federal no caso da suposta venda e compra de jóias presenteadas ao ex-presidente da República”, afirmou o advogado. 

Ele ainda destacou que a decisão de se afastar é motivada pelo conflito de interesses gerado pelo seu indiciamento, o que, segundo ele, inviabiliza sua continuidade na defesa de Bolsonaro.

O defensor ainda criticou o que chamou de “criminalização da advocacia” e reafirmou sua convicção de que os inquéritos contra Bolsonaro configuram uma perseguição política. “Continuo convencido de que os inúmeros inquéritos abertos contra o presidente Bolsonaro se caracterizam por uma inominável perseguição política e onde, por diversos momentos, a Constituição foi desrespeitada”, concluiu.

Além de Wajngarten, outras 10 pessoas, incluindo Jair Bolsonaro, foram indiciadas pela Polícia Federal no caso das joias. A investigação também apura a suposta falsificação de cartões de vacina durante o mandato de Bolsonaro.