O status perdido é um grande indicativo do que o Facebook vem sofrendo nas últimas semanas com a divulgação do relatório financeiro da empresa. Com as ações despencando — nesta quinta-feira, 17, o valor no fechamento do mercado era de US$ 207 por ativo, o menor valor em pelo menos um ano — a avaliação do Facebook gira, agora, em torno de US$ 590 bilhões, suficiente apenas para alcançar o 11º lugar na lista.
A queda de cinco posições, considerando seu ranking mais alto em setembro de 2021, deixou empresas como Tesla, Berkshire Hathaway, Nvidia, TSMC e Tencent à frente da companhia de Menlo Park. De acordo com a Bloomberg, a perda da empresa desde setembro já figura em quase US$ 500 bilhões. Em relação ao ano passado, a queda no valor das ações já é de aproximadamente 47%.
Resultados negativos
Segundo o balanço da empresa, publicado no início de fevereiro, o Facebook perdeu cerca de 500 mil usuários diários globalmente nos últimos três meses do ano passado – o número passou de 1,930 bilhão para 1,929 bilhão.
Após o resultado, o Facebook também registrou a maior queda em valor de mercado em um único dia. A empresa comandada por Mark Zuckerberg chegou a registrar uma perda de US$ 252 bilhões na sua avaliação no dia seguinte à publicação do relatório.
O movimento negativo, ainda, coloca a estrutura da empresa em xeque, em meio a um semestre repleto de escândalos, envolvendo os documentos chamados Facebook Papers, e de uma guinada da empresa em direção ao Metaverso. Nas últimas semanas, o bilionário Peter Thiel, primeiro grande investidor do Facebook, deixou o conselho da empresa, do qual fazia parte desde a fundação.
Ainda, o próprio presidente da empresa anunciou que está se afastando da área de políticas do Facebook, deixando Nick Clegg no comando de um dos setores mais polêmicos da companhia. Responsável pela comunicação com o senado americano em processos de privacidade, uso das redes sociais e coleta de dados, a divisão também vê a número dois do Facebook, Sheryl Sandberg, sair de cena na área.