CRIME

Falsa biomédica indiciada por matar paciente teria feito cirurgia embriagada, diz delegada

Falsa biomédica Grazielly Barbosa fez aplicação de PMMA no bumbum da influencer Aline Ferreira, que morreu dias depois

Grazielly Barbosa e Aline Ferreira (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil indiciou, por homicídio doloso (quando há intenção de matar), a empresária Grazielly da Silva Barbosa, que em junho passado realizou um procedimento estético que culminou, dias depois, com a morte de uma influenciadora digital, de 33 anos. Segundo a delegada que investiga o caso, Débora Melo, a empresária, que se passava por biomédica, realizou a aplicação de PMMA nos glúteos de Aline Maria Ferreira poucas horas após ingerir uma grande quantidade de bebidas alcoólicas.

Moradora de Brasília, Aline Maria realizou um procedimento que durou menos de 20 minutos na clínica mantida por Grasielly, em Goiânia, na manhã do dia 23 de junho. No dia seguinte, já no Distrito Federal, ela enviou mensagens para a falsa biomédica, e contou estar passando muito mal, mas teria sido orientada apenas para que se acalmasse, já que essa reação seria natural.

Após desmaiar em decorrência das fortes dores que sentia, Aline foi levada pelo marido ao Hospital Regional da Asa Norte no dia 27 de junho. Transferida para a UTI de um hospital particular na Asa Sul, a influencer morreu no dia dois de julho.

“Nós descobrimos que na noite anterior ao procedimento a Grazielly foi até uma festa, onde havia muita bebida alcoólica, e por volta das três da manhã do dia seguinte saiu, e seguiu para sua casa, junto com o namorado e alguns amigos, onde permaneceram bebendo e conversando até o início da manhã. Tudo indica que além de ingerir bebida alcoólica, ela não dormiu, já que encontramos conversas dela por mensagens às sete da manhã, e logo em seguida, às 10 horas, com a Aline”, descreveu a delegada.

Diante das evidências, e provas colhidas após três meses de investigações, Débora Melo indiciou a falsa biomédica por homicídio com dolo eventual, exercício ilegal da medicina, e indução do consumidor a erro. Somados, os crimes tem pena que pode passar de 15 anos de reclusão.

Atualmente, Gracielly cumpre está em prisão domiciliar. A defesa dela não foi localizada para comentar sobre o fim do inquérito, mas o espaço está aberto, caso queiram se pronunciar.