Família de motorista da Urban que sofreu atentado em Anápolis passa por necessidades e espera respostas
Advogada da Família, Nara Lídia, contou que a empresa foi notificada no dia 7 de dezembro pelo Escritório Celso Cândido de Souza Advogados e até o momento não foi respondida
Quatro meses depois da morte do motorista de ônibus, Wallison Barboza dos Santos, assassinado por uma mulher que jogou álcool e ateou fogo no corpo dele durante o expediente, a família ainda espera que a empresa para a qual ele trabalhava preste auxílio psicológico e financeiro. A empresa é a Urban e a tragédia aconteceu no dia 1º de setembro do ano passado. A Urban gerencia o transporte coletivo de Anápolis.
Ao Mais Anápolis, a advogada da Família, Nara Lídia, contou que a empresa foi notificada no dia 7 de dezembro pelo Escritório Celso Cândido de Souza Advogados e até o momento não foi respondida.
A ação que pede indenização por danos materiais e morais é movida por Pollianne Ribeiro Matos Arruda Oliveira, com quem o motorista mantinha uma relação estável e a mãe, Marlene Maria de Jesus.
“Antes de tudo, é preciso esclarecer que Wallison era o principal provedor em sua casa – ambas, esposa e mãe, dependiam do trabalho dele para o sustento da família”, explica Lídia.
Ainda de acordo com Nara, como a empresa Urban é responsável pelo pátio por onde os ônibus circulam e ainda por toda a frota, além de ser a empregadora de Wallison. A concessionária possui responsabilidade civil por danos a terceiros que circulam no local.
“Portanto, aos olhos da lei, automaticamente a concessionária é responsável por ocorrências do gênero que venham a ocorrer nas dependências do terminal, portanto, a morte de um familiar naquelas condições já é uma justificativa para o dano moral”, ressalta Nara.
A Urban foi procurada pela reportagem e assim como a família, também não obteve respostas. O espaço segue aberto
Direitos
A notificação extrajudicial encaminhada em nome da mãe e companheira exige que a Urban apresente uma resposta aos seguintes requerimentos: custeio de tratamento psicológico particular, iniciando imediatamente, com profissional habilitado indicado por elas, até que seja restabelecida a sua saúde psíquica; pagamento de pensão mensal em favor da companheira e indenização por danos morais para cada uma.
O acidente
Walison Barbosa dos Santos, morreu em Goiânia no dia 12 de setembro, o motorista sofreu queimaduras de 2º e 3º grau, após uma mulher, de 37 anos, jogar combustível sobre o motorista e atear fogo na sequência. Na época, segundo a equipe médica, ele ficou com aproximadamente 80% do corpo queimado.
Inicialmente, o homem foi socorrido por populares, que utilizaram extintores de incêndio para apagar as chamas.