MANIFESTAÇÃO

Família de vítima de feminicídio prepara protesto em Taquaral: ‘queremos que ele pague’

Dois anos após o crime, acusado responde em liberdade e será julgado nesta terça-feira (18) em Itaquaral, Goiás.

Sandra Gonçalves Nunes morreu em outubro de 2022 (Foto: Reprodução)
Sandra Gonçalves Nunes morreu em outubro de 2022 (Foto: Reprodução)

Familiares e amigos de Sandra Gonçalves Nunes, vítima de feminicídio em outubro de 2022, no município de Itaguari, se reunirão nesta terça-feira (18) em frente ao Fórum de Taquaral de Goiás para um protesto em busca de justiça. O ex-companheiro da vítima, Juliano José Rodrigues Martins, é o principal acusado do crime e será julgado no mesmo local.

A manifestação está marcada para às 8h da manhã e tem como objetivo pressionar por uma decisão que puna o responsável pela morte de Sandra.

A família de Sandra expressa indignação com a demora no processo e a liberdade do acusado durante esse período. “Queremos que ele pague pelo que fez, que saia de lá preso. Acreditamos na justiça e esperamos que ela seja feita”, afirma Danilio Gonçalves Nunes, irmão da vítima.

Crime

O crime ocorreu após Juliano, que mantinha um relacionamento com Sandra há 14 anos, suspeitar de uma traição. De acordo com as investigações, na noite do feminicídio, ele estava bebendo com um policial penal. Por volta das 2h da madrugada, Juliano ofereceu um barracão para que o agente descansasse e, ao pedir emprestado o carro do policial, aproveitou que ele foi tomar banho para furtar sua arma e trancá-lo no imóvel. Em seguida, dirigiu-se à casa da vítima.

Ao chegar ao local, Juliano efetuou vários disparos contra Sandra, na presença da filha do casal, uma criança de 6 anos, e do irmão da vítima. Após o assassinato, ele se entregou à polícia e confessou o crime. A arma utilizada no feminicídio foi apreendida.

Juliano confessou o crime, alegando que matou Sandra por suspeitar de uma traição. No entanto, a família refuta essa alegação. “Isso é uma mentira. Pela índole e honestidade dela, nunca houve traição. Sandra vivia pela filha e não a deixava por nada. Até para sair, ela sempre levava a criança ou ia acompanhada de familiares”, explicou o irmão da vítima.