Aconteceu o que todos disseram que ia acontecer. O FBI, após meses tentando forçar a Apple a abrir o celular do terrorista responsável pelo tiroteio na cidade de San Bernardino, nos EUA, finalmente abriu o celular usando outros técnicos e sem dizer como isso foi feito. Agora, apenas dias depois, um promotor do estado americano do Arkansas pediu para que os federais desbloqueiem os iPhones de dois suspeitos de assassinato e a agência concordou, segundo a Asssociated Press.
Os suspeitos são dois adolescentes acusados de matar um casal de idosos. O promotor acredita que os dois trocaram mensagens em seus iPhones e em um iPod falando sobre o crime e o planejando. Com isso, o promotor espera provar não apenas a culpa dos dois, mas a premeditação.
Isso já era esperado: após o FBI criar um precedente e o Judiciários americano aceitar que forças policiais desbloqueiem celulares, é provável que isso será usado com frequência a partir de agora nos EUA. A resistência por parte da comunidade tecnológica vai além de proteger os direitos individuais em um Estado cada vez mais vigilante, mas para evitar o caos: softwares para desbloquear estes aparelhos podem cair nas mãos erradas. O temor é que hackers e terroristas possam fazer um estrago inimaginável não apenas ao governo, mas à população, caso ponham suas mãos nesta “chave” usada pelo FBI.