Equipe econômica

Febraban elogia escolha de Levy, Barbosa e Tombini

"A presidente Dilma fez excelentes escolhas", disse o presidente da Febraban, Murilo Portugal

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, distribuiu nesta quinta-feira, 27, nota elogiando a escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda Nelson Barbosa para o Planejamento e a manutenção de Alexandre Tombini à frente do Banco Central. “A presidente Dilma fez excelentes escolhas”, disse.

De acordo com Portugal, os três têm larga experiência na formulação e na implementação de políticas macroeconômicas, sempre colocando o interesse público em primeiro lugar. “Como secretário do Tesouro, Joaquim Levy executou com firmeza as políticas do ex-presidente Lula de ampliação do superávit primário e de redução e melhoria da composição da dívida pública”, disse o presidente da Febraban.

De acordo com ele, “os bons resultados destas políticas contribuíram para a retomada da confiança, a conquista pelo Brasil do grau de investimento e a aceleração do crescimento econômico que se seguiu. Levy tem experiência e credibilidade internacional, adquiridas no exercício de funções em importantes organizações multilaterais como o FMI, o Banco Central Europeu e o BID, além de sólida formação acadêmica”.

Ainda de acordo com Portugal, a confirmação de Tombini no comando do BC renova a expectativa do combate firme à inflação e a confiança na continuidade do excelente trabalho de regulação e supervisão prudencial exercido pelo BC, o qual tem sido essencial para a estabilidade e solidez do sistema financeiro nacional. “Com sua larga experiência doméstica e internacional, qualificação técnica e dedicação, Tombini tem sido um comandante exemplar do Banco Central”, afirmou por meio da nota.

Sobre Nelson Barbosa, o executivo lembrou que ele acumulou experiência em importantes cargos, como secretário de Acompanhamento Econômico, secretário de Política Econômica e secretário-executivo do Ministério da Fazenda. “Assume agora o Ministério do Planejamento, pelo qual também já havia passado em 2003, com expectativa de que dará contribuição positiva para uma atuação coesa e harmônica da nova equipe econômica.”

“Estamos mais otimistas com o próximo ano, esperando que estas indicações contribuam para a retomada da confiança, o que, como os mercados indicam, já começou a ocorrer. A Febraban, seus bancos associados e eu pessoalmente desejamos grande sucesso aos novos Ministros e ao Presidente do BC, nos colocamos à disposição para continuar a trabalhar em prol do desenvolvimento do Brasil”, reiterou o presidente da Febraban.

Bradesco

Em nota, o presidente executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, também elogiou a nova equipe econômica e disse que a presidente Dilma reafirma o compromisso deste governo com o desenvolvimento, a estabilidade e a gestão competente da política econômica. Segundo ele, ela foi feliz ao anunciar a nova composição da equipe econômica e promoveu continuidade com renovação, numa transição sem sobressaltos.

“Os nomes de Joaquim Levy, Nelson Barbosa e Alexandre Tombini representam pilares de credibilidade, cada qual em sua área. Mas eles se complementam e dão unidade de ação a um governo que almeja o controle da inflação, a austeridade fiscal e a elaboração de um conjunto de reformas estruturais modernizadoras”, destacou Trabuco, em nota.

Trata-se de um modelo, segundo ele, criado dentro do conceito de valorização do trabalho em equipe, do diálogo e da troca de ideias, que “ancora” as expectativas de fortalecimento da economia de mercado. Trabuco disse ainda que o caminho escolhido pela presidente Dilma legitima a percepção de um novo governo que está “sintonizado ao resultado das urnas”.

“Nós, do Bradesco, externamos nossa confiança de que esta nova estrutura de comando da economia brasileira terá todas as condições de alcançar a superação dos desafios, promovendo os impulsos necessários para a construção de um Brasil contemporâneo, baseado na inclusão social e na prosperidade”, concluiu o presidente do banco.

Trabuco, segundo fontes, chegou a ser convidado pela presidente Dilma para assumir o Ministério da Fazenda no lugar de Guido Mantega, mas alegou todos os compromissos que tem a frente do banco para não aceitá-lo. O executivo é cotado para substituir Lázaro de Mello Brandão, presidente do conselho de administração da instituição, e está sendo preparado há anos para galgar tal posto. Com 45 anos de carreira no Bradesco, ele deve deixar a presidência em março de 2017, após oito anos à frente da instituição.