REAÇÃO

Felipe D’Avila critica Amoêdo após o fundador do Novo declarar voto em Lula

"Traição aos valores liberais, ao partido Novo e a todas as pessoas que criaram um partido para livrar o Brasil do lulopetismo"

Felipe d'Avila defende fim das decisões monocráticas no STF (Foto: Instagram)

Candidato à presidência pelo Novo neste ano, Felipe D’Avila criticou o fundador da sigla João Amoêdo por ele ter declarado apoio a Lula (PT). “A declaração de voto de Amoedo ao Lula é uma traição aos valores liberais, ao partido Novo e a todas as pessoas que criaram um partido para livrar o Brasil do lulopetismo que tantos males criou”, escreveu no Twitter.

Vale citar, o empresário João Amoêdo disse, no sábado (15), que votará em Lula neste segundo turno. “É uma decisão difícil, pois não concordo com nenhum dos dois. A qualquer um que seja eleito, serei oposição desde o primeiro dia, mas meu direito de oposição tem mais chance de ser preservado com Lula do que Bolsonaro”, falou ao G1.

Ainda ao site, ele afirmou que “Bolsonaro tem atentado contra os poderes, cooptou o Legislativo com o orçamento secreto e vem testando essa ideia de aumentar os membros do Supremo para formar maioria. Apesar das discordâncias, serei obrigado a fazer algo que nunca fiz na vida, que é votar no PT”.

O empresário, que disputou o pleito em 2018, era crítico ao PT. À época, ele terminou em quinto lugar. Depois da fala de Amoêdo, D’Avila reagiu. Além do já citado, ele afirmou: “Pega o boné e vai embora. Você não representa os valores liberais.”

Anteriormente, João Amoêdo já havia criticado o partido e sua condução atual. Ele comparou os resultados no ano que ele disputou o pleito, quando era presidido por Moisés Jardim, com este ano, sob o comando de Eduardo Ribeiro.

“Com estes resultados, os candidatos do partido não terão participação garantida nos debates eleitorais até, pelo menos, 2028”, publicou tabelas de desempenho nas redes sociais.

Nelas, ele mostra que houve queda de 2,6 milhões para 559 mil votos para presidente, de 2,7 mi para 1,3 mi para deputados federais e de 1,7 mi para 1,4 mi para estaduais. Além disso, Amoedo cita que o Novo manteve um único governador eleito (Romeu Zema, em Minas), e teve redução de parlamentares na Câmara de 63% e 58% nos legislativos estaduais.

Em quatro anos, o número de deputados federais eleitos pelo Novo passou de oito para três. O de estaduais de 12 para cinco. No Estado de Goiás, o partido não elegeu nenhum nome. O canddiato ao governo foi Edigar Diniz (Novo).