Figura icônica do PSol, Pantaleão deixa sigla com críticas após 15 anos

Figura icônica do PSOL em Goiânia, o professor Reinaldo Assis Pantaleão – ou só Pantaleão – se desfiliou da sigla após quase 15 anos. Após relembrar seus tempos de militância, iniciados na década de 1960, ele disse que a sigla repetiu muitos erros do PT – de onde surgiu.

“O PSOL iniciou sua trajetória como uma possibilidade de futuro que, infelizmente, não me encanta mais. Recolheu todos os espectros à esquerda que, insatisfeitos com o PT, repetiram depois muitos erros desse partido.”

Segundo ele, o PSOL se tornou um partido dividido, “com correntes que deveriam servir para garantir a diversidade, mas que somente impulsionam ‘minissiglas’ dentro de uma sigla já muito pequena, em termos orgânicos”. Ele afirmou, também, que a pauta psolista não é pelo que é comum a todos – salvo exceções –, “mas, sim, pelo que separa, por uma dificuldade tacanha em unir e lutar juntos”. Para ele, a sigla afasta mais do que agrega.

“Nisso, o uso do identitarismo tem sido equivocado, pauta fundamental que deve ser reafirmada nas bandeiras do movimento feminista e antirracista em uma sociedade extremamente machista, racista e desigual como a brasileira. Como se tornam específicos demais simplificando o entendimento e as relações, ficamos perdidos nos temas da cidade”, continuou.

Em seu desabafo, Pantaleão lamentou que o PSOL não tentou construir uma aliança com outras forças de esquerda. Vale destacar, o professor, agora aposentado, declarou apoio ao candidato da UP, Fábio Júnior. Sem disputar nenhum cargo pelo partido pela primeira vez desde sua filiação, ali já dava sinais do desgaste.

Na capital, o partido tem como candidata à prefeitura Manu Jacob e Luis Felipe Aguiar como vice. Confira o texto de Pantaleão na íntegra AQUI.