No geral, nas últimas quatro semanas a prevalência de casos de vírus respiratórios foi de 21,4% para a Influenza A e 1,2% para a Influenza B – ambos causadores da gripe. Há ainda 11,2% de vírus sincicial respiratório (VSR), que provoca a maioria das infecções em crianças pequenas. Apesar do crescimento da gripe, o vírus Sars-CoV-2, da Covid-19, segue predominante no cenário nacional, associado a 41,6% dos casos de SRAG.
Entre as mortes causadas por SRAG, 5% foram associadas à Influenza A e 89,1% à Covid-19. Já para a Influenza B e o VSR, não houve incidência significativa. Ainda que seja o mais prevalente, a Fiocruz destaca que os quadros graves pelo novo coronavírus estão no menor patamar desde o início da pandemia.
Na tendência a longo prazo, o cenário das síndromes respiratórias agudas graves no Brasil é de estabilidade. Segundo o boletim, apenas Amapá, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo apontam possibilidade de um crescimento moderado nas próximas semanas. Em relação às capitais especificamente, Aracaju (SE), Belém (PA), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Macapá (AP), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA) e São Paulo (SP) têm tendência de aumento moderado, enquanto nas demais o indicativo é de queda ou estabilidade.
Essas possibilidades de crescimento moderado, no entanto, são associadas principalmente aos casos em crianças e adolescentes. O boletim destaca que o aumento é majoritariamente na faixa de 0 a 11 anos, pela gripe e pela maior suscetibilidade a infecções respiratórias, como o VSR, com o início da primavera. Não se observa, até o momento, aumento pela Covid-19.
*Com informações do O Globo