INDÚSTRIA

Flexibilização no uso de máscara deve baixar preço do produto na indústria

Fabricantes de PFF2 dizem que valor unitário já está próximo do custo

Flexibilização no uso de máscara deve baixar preço do produto na indústria - (Foto: Reprodução - Freepik)

A flexibilização no uso de máscaras em algumas cidades e estados deve começar a ser sentida pelo mercado. Os fabricantes do modelo PFF2 preveem queda no preço médio unitário, que subiu de R$ 1 para R$ 1,50 no início do ano com a onda de contaminação pela variante ômicron. O preço ainda está bem abaixo do registrado no pico da pandemia, quando variou de R$ 3 a R$ 9.

“A oferta está muito grande e, como agora as obrigações de uso estão sendo liberadas, é esperado que os preços caiam um pouco. Mas não tem muito o que cair, porque o valor já está muito perto do custo”, diz Raul Casanova Júnior, diretor-executivo da Animaseg (Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho).

Segundo Casanova, a indústria ainda não sentiu queda na demanda. Em janeiro, algumas empresas do setor chegaram a usar toda a sua capacidade de produção, mas o patamar voltou ao normal em fevereiro.

“A nossa orientação é para que a PFF2 seja usada em locais fechados, e os governos estão liberando para a rua e espaços abertos. Por isso, talvez não tenha um impacto tão grande”, diz.

Nesta quarta-feira (9), João Doria anunciou o fim da obrigatoriedade das máscaras em espaços abertos no estado de São Paulo. A liberação total da proteção pode ocorrer até o final deste mês, segundo o governador.

Goiás pode liberar uso de máscaras em ambientes externos a partir da próxima semana. A avaliação do governo é que o alcance da vacinação e a imunidade conferida pelas contaminações por Covid-19 tornam o momento seguro para a liberação do uso do equipamento de proteção.

No Rio de Janeiro, o governo deixou a cargo das prefeituras a decisão até do uso em locais privados. O prefeito Eduardo Paes (PSD) retirou na segunda a exigência para espaços fechados.