Forças Armadas encontraram 11 mil armas em varreduras feitas este ano em presídios
Militares encontraram uma arma para cada dois presos em varreduras feitas em 31 presídios durante…
Militares encontraram uma arma para cada dois presos em varreduras feitas em 31 presídios durante o ano de 2017. Com a crise no sistema carcerário, no início do ano, com rebeliões que mataram mais de 100 presos em diferentes estados, as Forças Armadas foram convocadas para auxiliar na varredura de penitenciárias em busca de armas, celulares e drogas.
Onze mil militares fizeram 33 varreduras em 31 presídios e encontraram quase 11 mil armas, incluindo objetos pontiagudos, quase 2 mil kits de celulares e cerca de 1,5 mil drogas e afins. Em relação as armas, a proporção é cerca de uma para cada dois presos que estavam nessas cadeias vistoriadas.
O balanço foi divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Defesa. Para o ministro Raul Jungmann, isso levanta a suspeita de que exista uma conivência dos sistemas carcerários estaduais para que todo esse material entre nas penitenciárias.
O ministro defende mudanças legislativas para combater organizações criminosas dentro dos presídios como o monitoramento da conversa de advogados com criminosos. Essa proposta gera críticas da OAB, a Ordem dos Advogados do Brasil.
O ministro também fez um balanço das operações das Forças Armadas nos estados para auxiliar na segurança pública. Foram seis operações em 2017, a maioria no Rio de Janeiro, onde as tropas devem ficar até o final de 2018.
Mas as Forças Armadas também atuaram na segurança do Rio Grande do Norte, Brasília e Espírito Santo. Ao todo, mais de 54 mil militares atuaram, neste ano, em ações de Garantia da Lei e da Ordem, o chamado GLO. O ministro criticou o uso excessivo desse instrumento.
Raul Jungmann ainda adiantou que fez uma parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o ministério da Defesa ajudar na segurança cibernética das eleições do próximo ano. Jungmann negou que o ministério vá interferir no conteúdo de publicações na internet, disse que o trabalho será apenas na segurança do sistema, atuando contra ataques de hackers, por exemplo.