Em entrevista no estúdio da Rede Globo, o ex-presidente do Banco Central , e ministro da Fazenda em um eventual governo Aécio Neves, disse ‘estar acostumado’, ao comentar o fato de ser mais uma vez citado pela presidente Dilma Rousseff no debate. “O que me incomoda é botarem na minha boca palavras que eu não disse”, afirmou.
A petista disse que Armínio acha que o salário mínimo “é alto demais”. “O que estão fazendo é tirar o foco do presente. O investimento está zero, a inflação alta, sem crescimento, as pessoas estão perplexas. Mas eles focam no passado”, reclamou Armínio.
Também presente na plateia, o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade), que apoia Aécio Neves, disse que “nosso jogador joga melhor com uma perna amarrada do que a jogadora deles sem amarras”. Segundo ele, Dilma não consegue falar.
Estão no estúdio também o ex-presidente do PSB Roberto Amaral, que prestigia Dilma, e o deputado Beto Albuquerque (PSB-RJ), que foi candidato a vice de Marina Silva, e reforça a torcida de Aécio.
Ao avaliar o debate, no intervalo entre o terceiro e o quarto blocos, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) disse que, no seu entender, não acrescenta nada. “Fica tudo na base da pegadinha, tenho dúvidas se o eleitor vai se decidir com o debate. Está um pouco confuso. Não sei se os candidatos conseguem passar seus recados, de um lado e de outro”, comentou
Para Temer, Dilma está “tranquila” e Aécio, “um pouco arrogante”. Temer defende mudança no modelo do debate. Prefere, em vez de respostas curtas, mais tempo para cada candidato apresentar seus pontos de vista. “Na eleição que vem, como presidente do PMDB, vou propor que os debates deem, por exemplo, dez minutos para os candidatos responderem a quatro ou cinco perguntas. Assim o eleitor pode prestar atenção, formar opinião, em um debate de uma hora e meia”, disse.
Com relação à reação da plateia, até agora, a mais ruidosa manifestação foi com o tema do mensalão. Quando Dilma ironizou Aécio e falou em “programa meu banho, minha vida”, houve aplausos dos petistas e vaias dos aliados do tucano.