RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Funcionários denunciam demissão em massa na rede de postos Tabocão

Empresa afirma que houve apenas redução inferior a 10% do quadro de funcionários

Funcionários denunciam demissão em massa na rede de postos Tabocão (Foto: Divulgação)

Funcionários que trabalhavam no grupo Tabocão denunciam que a empresa está realizando demissões em massa em todas as unidades e sem justificativa. A empresa ingressou, no último dia 9 de novembro, com pedido de recuperação judicial.

Os funcionários reclamam que a empresa não teria condições de realizar o acerto dos trabalhadores. No entanto, a rede de postos afirma que houve apenas uma redução inferior a 10% do quadro de colaboradores dentro do escopo do processo global de reestruturação.

Ao Mais Goiás, uma trabalhadora que preferiu não se identificar disse que, na unidade onde ela trabalhava, foram demitidas cerca de 30 pessoas. “Nós fomos avisados na segunda-feira (14) que eles não têm verba para pagar os funcionários. Que tem dentro de um ano para realizar todos os pagamentos, mas não estão sendo claros o suficiente com a gente”, contou.

Além disso, afirmou que os funcionários das mais diversas áreas de atuação (entre frentistas, gerentes de pista, gerente geral, zeladoria, operador de caixa, entre outros) estão sendo demitidos sem justificativa. Segundo essa mesma trabalhadora, eram feitos mais de R$ 300 mil em vendas todos os dias somente na unidade onde ela estava locada.

Os trabalhadores que foram desligados da empresa criaram um grupo com todos que foram dispensados e afirmaram que vão entrar com uma ação contra a rede de postos Tabocão.

Procurada pela reportagem, o grupo Tabocão afirmou que ingressou com o pedido de recuperação judicial, que se trata de um processo de negociação coletiva “para reestruturação do passivo existente com a finalidade de garantir a continuidade das atividades do Grupo, permitindo ainda a adoção de melhorias internas e o aumento de eficiência”.

Destaca ainda, que “não houve demissões em massa, apenas uma redução de menos de 10% do quadro de funcionários dentro do escopo de processo global de reestruturação e, que por conta do próprio regramento da Lei nº 11.101/05, mesmo tendo disponibilidade de caixa a empresa se encontra impedida de efetuar quaisquer pagamentos cujo fato gerador seja anterior ao pedido de recuperação”.

“Para que fique claro, os credores trabalhistas terão pagamento prioritário e preferencial durante a reestruturação do Grupo, que conta com o suporte de grande parte de seus colabores neste processo de soerguimento”, pontua trecho enviado ao Mais Goiás.

Veja na íntegra o posicionamento do grupo Tabocão:

O Grupo Tabocão ingressou no dia 09.11.2022 com pedido de recuperação judicial, que se trata de um processo de negociação coletiva para reestruturação do passivo existente com a finalidade de garantir a continuidade das atividades do Grupo, permitindo ainda a adoção de melhorias internas e o aumento de eficiência.

Importante ressaltar que não houve demissões em massa, apenas uma redução de menos de 10% do quadro de funcionários dentro do escopo de processo global de reestruturação e, que por conta do próprio regramento da Lei nº 11.101/05, mesmo tendo disponibilidade de caixa a empresa se encontra impedida de efetuar quaisquer pagamentos cujo fato gerador seja anterior ao pedido de recuperação.

Para que fique claro, os credores trabalhistas terão pagamento prioritário e preferencial durante a reestruturação do Grupo, que conta com o suporte de grande parte de seus colabores neste processo de soerguimento.

Destaca-se, ainda, que a adoção da reestruturação não altera as atividades correntes e futuras, para as quais contamos com a manutenção do apoio e a colaboração de todos nesta etapa desafiadora, mas necessária para o Grupo.

O Grupo Tabocão reafirma seu compromisso empresarial e social, agradece a todos pela parceria ao longo dos anos e está confiante em sua plena recuperação.

Att,

Departamento de Compras
Infraestrutura Tabocão
Diretoria Tabocão