O termo está na ponta da língua de todos os empreendedores da área de tecnologia: gameficação. Se trata de usar características do desenvolvimento de jogos, como um sistema interativo por exemplo, para funções diferentes fora da esfera comum dos jogos, como no aprendizado ou nos negócios.
O problema é que, embora os video games tenham atraído a atenção dos empresários, muitos não entendem lhufas de como um jogo funciona nem conhecem o caminho das pedras para desenvolver um jogo, processo que, além de complicado, pode se revelar um sumidouro de dinheiro.
Com isto em mente, o empreendedor Djary Alencastro Veiga desenvolveu o Gamefica (http://www.gamefica.com.br), uma plataforma online que facilita o desenvolvimento de jogos para empresas que não são familiares com a área. A ideia é que os empresários de menor porte possam usar jogos em suas estratégias de marketing e também no treinamento de funcionários.
“Ele está em início de desenvolvimento. Já temos um protótipo, já gera algum tipo de valor pro cliente. É uma plataforma online que permite que micro e pequenas empresas possam criar seus próprios jogos para usá-los como ferramenta de marketing”, conta.
Djary, inclusive, partiu hoje (31) para a Campus Party, em São Paulo, onde irá expor o projeto: “Fizeram uma seleção de várias start-ups para expor lá e o meu de Goiânia, o Gamefica, acabou que deu certo. Ele combina muito com a feira e acho que eles gostaram bastante”, disse.
Com facilidade, Djary explica as vantagens para o empresário disposto a investir em gameficação: um jogo pode ser acessado a qualquer hora e transforma informações “chatas” em algo divertido. Além disso, pode aumentar a propagação boca-a-boca de uma empresa e gerar interesse pela marca.
O Gamefica quer dar acesso aos pequenos empresários nessa ideia: “Para uma empresa criar o próprio jogo precisa ter um dinheiro alto, tanto para usar em marketing quanto para jogos que serão usados dentro da empresa. Então o plano é democratizar essa ideia. Vou facilitar para a empresa que, a partir de uma mensalidade, vai estar disponível para ela vários modelos e templates de jogos como, por exemplo, um jogo da memória, suas imagens, o prêmio e assim por diante”.
É exatamente o modelo do jogo da memória que o jovem empresário está levando para São Paulo e garante que até agora teve uma resposta muito positiva: “Já tive um feedback bem interessante do público goiano e já estou com alguns contatos de investidores em São Paulo, vamos ver como ela vai seguir. Da experiência que eu tenho, gosto muito do network, acho que não tem melhor lugar pra isso do que a Campus Party”.