Garoto morto ao ser atacado por cães é enterrado em SP
Polícia ainda procura o dono do terreno onde estavam os seis animais
O corpo do garoto Luiz Fernando Teixeira, 10 anos, morto após ser atacado por seis cães em São Paulo, foi enterrado na tarde de quinta-feira (26) no Cemitério Campo Grande, na zona sul da capital paulista.
Durante o ataque dos cães ao menino, Edilson de Souza Raimundo, 20, tentou resgatar a criança e também foi mordido. Encaminhado ao Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Sabóia, ele foi medicado e já foi liberado.
Luiz Fernando foi atacado depois de pular o muro para pegar uma pipa. No terreno, seis cães estavam fazendo a guarda. Porém, no muro que cerca o local, não há nenhum aviso indicando a presença dos animais.
Segundo o texto da lei municipal nº 10.876/90, “fica obrigatória a instalação de placas visíveis nos portões de entrada de todas as residências no município de São Paulo, onde houver animais ferozes, avisando da existência dos referidos animais”. O artigo 2 especifica ainda que “nas placas deverão constar a espécie do animal e sua quantidade.
A Polícia Civil ainda tenta localizar o dono do terreno. O local, que está abandonado a cerca de cinco anos, era utilizado como uma antiga garagem de ônibus. Além do dono da empresa, a Polícia Civil tenta também localizar o prestador de serviço que alimentava os cães.
A Divisão de Vigilância de Zoonoses recolheu os corpos dos três cães que foram abatidos durante o socorro ao garoto e levou os outros três, um rottweiler e dois vira-latas, para o centro de zoonoses.
O caso foi registrado como morte suspeita no 16º Distrito Policial (Vila Clementino) e encaminhado ao 35º DP do Jabaquara. A Polícia Civil solicitou exame para avaliar maus tratos aos animais e apura eventual omissão de cautela na guarda dos cães.