Gasolina em Goiás fica mais cara em outubro, mostra levantamento
Alta de cerca de R$ 0,05 no preço do combustível está relacionada aos reajustes feitos pelas refinarias de petróleo
O preço médio da gasolina nos postos de Goiás teve uma variação de 0,93% na 1ª quinzena de outubro deste ano, em relação ao mês de setembro. É o que mostra um levantamento feito pela empresa de pagamentos eletrônicos ValeCard, divulgado nesta semana. A variação representa um aumento de cerca de 5 centavos no preço do combustível.
Conforme a pesquisa, o preço médio da gasolina em setembro era de R$ 4,579. Em outubro, esse valor subiu para R$ 4,621: um aumento de 0,0424 centavos. Na capital, Goiânia, a média do preço ficou em R$ 4,576.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, atribui a alta no preço ao reajuste feito pelas refinarias e repassados às distribuidoras, que, conforme Andrade, estavam “segurando o preço antigo”.
“Nos últimos 60 dias, os preços ficaram mais ou menos estáveis, sem grandes variações, mas estavam aumentando nas distribuidoras. Tem um momento que isso vai corroendo a margem de lucro e tem que repassar [o reajuste] para o consumidor”, explica o presidente, que disse ter havido três reajustes no preço da gasolina no prazo de menos de 2 meses.
Da mesma forma, o etanol. De acordo com Andrade, a alta do preço desse combustível no país (segundo levantamento da Cepea/Esalp, houve alta de 6,36% no etanol na última semana) é fruto de um fenômeno parecido com o da gasolina, mas se refere aos reajustes que as usinas repassam às distribuidoras.
Ao Mais Goiás, Andrade diz ainda que não é possível tecer uma previsão de alta ou queda do valor da gasolina repassado ao consumidor para o mês de novembro, uma vez que, conforme o presidente, a variação depende de um conjunto de fatores, sobretudo no que se referem ao preço do petróleo, que é cotado em dólares.
“Hoje o preço do combustível é como uma aposta na bolsa de valores. Você não sabe se vai subir ou se vai baixar […]. Está muito inconstante e qualquer notícia, pesquisa que sai lá nos Estados Unidos mexe no petróleo. É muito volátil, difícil de fazer uma previsão”, finaliza.