Gastos dos alvos de operação que prendeu Deolane tem vibrador Kid Bengala e ‘bumbum gigante’
Planilhas mostram a compra dos brinquedos sexuais feitas por um dos empresários investigados
No inquérito de quase 1 mil páginas da Operação Integration, feito pela polícia civil de Pernambuco para investigar crimes de lavagem de dinheiro com apostas e jogos de azar, há várias planilhas que detalham os gastos de todos os alvos da investigação, tanto de pessoas físicas, como das jurídicas. Nelas estão listadas as notas fiscais de compras feitas entre 2019 e 2023, com montantes exorbitantes, que chegam a casa dos milhões, com aquisições de automóveis e itens de luxo. Mas não só eles entraram na minuciosa checagem dos investigadores. Além dos bens, muitos apreendidos, como carros, motos e até aeronaves, figuram notas de lanches, livros, cursos, tíketes de cinema, e outros itens inusitados como um vibrador Kid Bengala.
Veja imagens dos bens apreendidos na Operação Integration
Chama atenção a planilha de Flavio Cristiano Bezerra Fabrício, de 47 anos, descrito como empresário. Entre a aquisição de motos, carros usados, que chegam a mais de R$ 100 mil, e até uma arma Glock, no valor de R$ 13 mil, entre os gastos do pernambucano estão vários brinquedos eróticos.
A compra da maioria deles aconteceu em abril de 2020, primeiro mês de lockdown por conta da pandemia de Covid-19. Num só dia, Flávio gastou R$ 444,80 com um vibrador Kid Bengala, multivelocidade, de 27 cm x 6,3 cm, uma réplica realística inspirada nos dotes físicos do famoso ator pornô brasileiro, e uma outra prótese de 20,5 cm x 4,5 cm, descrita como “realística com glande e veias”.
Quatro meses depois, em outubro, ele tornou a comprar pela internet vários apetrechos sexuais como plug anal, vibradores diversos, anestésico e um kit com 10 calcinhas fio-dental e um acessório chamado Big Bunda Gigante em Cyberskin, que dá a impressão de pele de verdade, de R$ 930.
Flavio Cristiano é relacionado no inquérito como proprietário de bens imóveis e de dois veículos de alto padrão, apreendidos, e acabou sendo investigado por depositar R$ 350 mil, em espécie, para a Esportes da Sorte, de Darwin Henrique Filho. Além disso, teve R$ 4 milhões bloqueados.
O curioso é que também em sua planilha, ele fez vários pagamentos para uma gráfica, entre 2019 e 2021, que confeccionou material para a Caminhos da Sorte. Esta empresa originou as investigações da Operação Integration por operar o jogo de bicho no Recife, e pertence ao pai de Darwin, o contraventor Darwin da Silva,, também alvo no inquérito.
• Justiça manda soltar Deolane Bezerra e outros investigados em operação sobre bets
• Professora se retratará por áudio sobre vibrador contra secretário de Senador Canedo