Geração das jovens senhoras abre mão de rolês que não têm onde sentar
Mulheres optam por passeios diurnos, hobbies manuais como crochê e aproveitar tempo de qualidade em casa
(Folhapress) Cada geração tem sua particularidade, mas há certos comportamentos que podem se interseccionar. O fenômeno das jovens senhoras atinge millennials e geração Z. São as mulheres que deixam as baladas de lado e preferem atividades caseiras ou bares que tenham sempre onde sentar.
A expressão “jovem senhora” nasceu na internet e agora é uma forma de descrição para quem escolheu um estilo de vida que seria considerado de uma pessoa mais velha, em outra época. Esse movimento mostra também que há uma valorização da saúde e do bem-estar, considerando aspectos físicos, emocionais, mentais e ambientais, e atividades manuais, como bordar, fazer crochê e cozinhar.
A editora Isabela Borrelli, 30, se considerava uma senhora antes mesmo desse termo ter sido popularizado. “Eu sempre tive alguns interesses que são mais associados a essa ideia de senhora ou de avó”, conta.
“Há alguns anos, comecei a fazer trabalhos manuais, aprendi crochê no YouTube e foi uma coisa que eu adorei. Eu também sempre fui uma pessoa muito cansada, desde a adolescência. Nunca gostei muito de vida noturna. Gosto muito de dormir cedo e acordar umas 6 horas. Posso ver o sol raiar, passar o café, fazer um crochê enquanto assisto a alguma coisa ou leio um livro”, diz.