porte ilegal

Gilmar e Cármen votam para condenar Zambelli a 5 anos por perseguição armada

Deputada é julgada em plenário virtual do STF por perseguição com arma em 2022

Gilmar e Cármen votam para condenar Zambelli por perseguição armada Deputada é julgada em plenário virtual do STF
Foto: Reprodução

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto. A pena é por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, após ela aparecer armada e perseguir um homem negro em 2022. Além disso, ele também defendeu a perda do mandato da parlamentar.

O julgamento ocorre no plenário virtual do STF e está previsto para durar até 28 de março. A ministra Cármen Lúcia acompanhou o voto de Gilmar. Carla Zambelli se tornou ré na Corte em agosto de 2023, quando nove dos 11 ministros votaram pela abertura da ação penal.

A deputada foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por um episódio ocorrido em 29 de outubro de 2022, véspera do segundo turno das eleições. Na data, ela sacou uma pistola 9mm e perseguiu um homem negro após uma discussão no bairro dos Jardins, em São Paulo. Um segurança da parlamentar chegou a disparar um tiro e foi preso pela Polícia Civil.

Para Gilmar Mendes, a deputada cometeu um ato de “elevado grau de reprovabilidade”:

“O contexto fático em que deputada federal persegue em via pública, com arma de fogo, indivíduo desarmado de corrente partidária adversa, na véspera das eleições, após troca de insultos recíprocos, reveste-se de elevado grau de reprovabilidade”, escreveu o ministro.

A PGR também pede que Carla Zambelli pague R$ 100 mil por danos coletivos e que seu porte de arma seja cancelado definitivamente. Segundo o Ministério Público, a deputada colocou a coletividade em risco e não havia ameaça real que justificasse o uso da pistola.

A defesa da parlamentar nega as acusações. Em nota, o advogado Daniel Bialski afirmou confiar na absolvição de Zambelli e disse que serão apresentadas provas para comprovar sua inocência. A deputada também se manifestou, dizendo confiar “plenamente na Justiça“.