Gleisi Hoffmann é reeleita presidente do PT
Com a bênção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a deputada Gleisi Hoffmann (PR)…
Com a bênção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a deputada Gleisi Hoffmann (PR) foi reeleita com 71,5% dos votos para mais quatro anos na presidência do PT.
O resultado do 7º Congresso Nacional do PT foi anunciado neste domingo (24) e já era esperado. A principal corrente do partido, a CNB (Construindo um Novo Brasil), da qual Gleisi faz parte, tinha a maioria dos 800 delegados eleitos previamente para deliberar sobre o comando da sigla.
A CNB também obteve a maior parte das vagas do diretório nacional, composto por 90 cadeiras.
O órgão será preenchido de forma proporcional, segundo os votos obtidos por cada uma das correntes. Na próxima semana, o diretório se reúne para eleger a comissão executiva nacional.
Por falta de acordo dentro da própria CNB, ainda não há definição sobre cargos importantes, como o de tesoureiro –os principais nomes cotados são Márcio Macedo, um dos vice-presidentes do PT, e Vagner Freitas, presidente da CUT. Como mostrou a coluna Painel, a ala que representa o Nordeste reivindica postos de projeção.
A corrente majoritária no PT também deve ocupar as secretarias de organização, comunicação e relações internacionais.
A secretaria-geral tende a ser ocupada pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que abriu mão de concorrer à presidência neste domingo para apoiar Gleisi.
Os outros nomes que concorreram à presidência foram a deputada Margarida Salomão (PT-MG) e o historiador Valter Pomar, de correntes mais à esquerda no partido. Eles obtiveram respectivamente 11,7% e 16,6% dos votos.
No caminho para a reeleição, Gleisi chegou a enfrentar resistência dentro da CNB. Houve um movimento a favor de que Fernando Haddad, presidenciável do partido em 2018, comandasse o PT. O nome da deputada, no entanto, foi defendido por Lula e acabou se sobressaindo.
Ao encerrar o congresso, após sua reeleição, Gleisi afirmou que o partido “quer Lula presidente da República novamente”. O petista, solto no último dia 8, foi a grande estrela do congresso.