Goianésia: técnica de enfermagem é presa por simular contrato milionário e oferecer falsas vagas de emprego
Uma técnica de enfermagem de 37 anos foi presa, no domingo (23), suspeita de simular…
Uma técnica de enfermagem de 37 anos foi presa, no domingo (23), suspeita de simular contrato milionário com uma mineradora multinacional e oferecer falsas vagas de emprego em Goianésia, na região Central de Goiás. Segundo a Polícia Civil, a mulher dizia às vítimas que precisava de dinheiro para abrir uma empresa e conseguir contratar pessoas pagando salário de R$ 5 a R$ 10 mil. O prejuízo financeiro ultrapassou R$ 37 mil.
As investigações tiveram início na última terça-feira (18), após duas vítimas procurarem a Polícia Civil e noticiarem os fatos. Ao apurar o ocorrido, a PC constatou que, em meados de março deste ano, a investigada procurou as vítimas e disse que passou em um concurso público de nível nacional que lhe concedeu o direito de prestar serviços para empresas privadas.
Depois disso, a mulher teria apresentado um contrato anual de R$ 4 milhões, que ela disse ter celebrado com uma empresa multinacional para prestação de serviços na área da saúde do trabalho.
Na ocasião, a suspeita informou que seria necessário a abertura de uma empresa para prestar os serviços, e, por isso, precisava de um capital de abertura e de giro. Segundo a Polícia, ela informou às vítimas que estava com leucemia e que não possuía o dinheiro necessário.
As vítimas, então, se propuseram a ajudar a investigada, a fim de garantir a formalização do contrato, e repassaram o dinheiro solicitado. Em troca, a mulher prometeu contratar os “investidores” pagando quantia de R$ 5 mil e R$ 10 mil por mês trabalhado.
Para dar credibilidade ao esquema, a mulher criou um grupo, em um aplicativo de mensagens, com os supostos colaboradores da empresa, entre eles, médicos, técnicos de enfermagem e técnicos em segurança do trabalho. Durante as investigações, porém, a polícia descobriu que a suspeita usava diferentes chips para se passar por alguns destes profissionais.
Ainda conforme a denúncia, a mulher chegou a emitir um passaporte alegando que precisaria fazer um treinamento no Canadá. Em virtude de demora na formalização do contrato, as vítimas decidiram procurar a mineradora multinacional, ocasião em que descobriram que a proposta de trabalho jamais existiu e que o contrato apresentado era fraudulento.
Suspeita irá responder por estelionato e falsidade de documento particular
Após as investigações, a Polícia Civil pediu pela prisão preventiva e busca e apreensão na casa da investigada, o que foi deferido pelo Poder Judiciário. Com a mulher, foram apreendidos três celulares, notebooks, mais de 15 pendrives, chips telefônicos, o contrato falso que ela teria feito com a mineradora, diversos receituários de controle especial, entre outros documentos.
De acordo com a polícia, a análise do material apreendido vai auxiliar na identificação de possíveis comparsas, além de verificar mais vítimas e outros crimes conexos.
A suspeita poderá responder pelo crime de estelionato e falsidade de documento particular, pena de um a cinco anos para cada crime. Ela foi encaminhada ao Presídio Regional Feminino, localizado em Barro Alto.