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Goiânia 89 anos: o Batismo Cultural da nova capital | Mais Goiás.doc

Saiba mais sobre este evento que marcou a história de Goiânia

(Foto: Acervo MIS-GO)

O Mais Goiás.doc desta semana conta a história do batismo cultural de Goiânia. A reportagem entrevistou historiadores, o presidente do Instituto Histórico Geográfico de Goiás (IHGG) e com a responsável pelo Museu de Imagem e Som (MIS), que guarda todas as imagens deste evento, que marcou a história da capital.

A antiga capital, Vila Boa

Antes de Goiânia, a Cidade de Goiás – à época, chamada de Vila Boa – era a capital do estado de Goiás. Porém, conforme a Prefeitura de Goiânia, em razão da revolução de 1930, Getúlio Vargas se tornou chefe do Governo Provisório. Após tomar poder, Getúlio revogou a Constituição de 1891, passou a governar por decretos e também nomeou interventores para os governos estaduais. Em Goiás, o médico Pedro Ludovico Teixeira foi designado para o cargo.

O então interventor se opôs oligarquia política e decidiu mudar a capital do estado para que houvesse a ocupação do estado e para que aumentasse a produção econômica em Goiás.

Nova Capital

O decreto estadual nº 3359, de 18 de maio de 1933, estabeleceu que “às margens do córrego Botafogo, compreendida pelas fazendas Crimeia, Vaca Brava e Botafogo, no então município de Campinas” ficou escolhida para ser edificada a nova capital de Goiás.

Então, em 24 de outubro de 1933 – data escolhida também para homenagear os três anos da revolução de 1930 – Pedro Ludovico lançou a pedra fundamental de Goiânia.

Batismo Cultural de Goiânia

O Batismo Cultural de Goiânia, porém, aconteceu do dia 1º a 11 de julho de 1942 (9 anos após a fundação da capital), no Teatro Goiânia – à época conhecido como Cine-Teatro Goiânia. A solenidade reuniu o então presidente da República, Getúlio Vargas, governadores, intelectuais e ministros.

Vista aérea de Goiânia. 05/07/1942. (Foto: Antônio Pereira da Silva – Acervo MPL/MIS | GO)

No primeiro dia do evento, aconteceu uma missa campal que foi celebrada pelo arcebispo de Goiás, Dom Emanuel Gomes de Oliveira, e pelo arcebispo de Cuiabá, Dom Aquino Correia. Porém, o 5 de julho que ficou conhecido como o Dia do Batismo Cultural de Goiânia.

Missa Campal na Praça Cívica. 05/07/1942. João de Paula Teixeira Filho. Goiânia – GO. Foto: Acervo MPL/MIS | GO)
Missa Campal na Praça Cívica – 05/07/1942.
(Foto: João de Paula Teixeira Filho – Acervo MPL/MIS | GO)

 

Dom Aquino Corrêa saudando a cidade durante o Batismo Cultural. 05/07/1942. Autor não identificado. Goiânia – GO. Acervo MUZA/MIS|GO
Dom Aquino Corrêa saudando a cidade durante o Batismo Cultural. 05/07/1942. (Foto: Acervo MUZA/MIS | GO)

A cidade amanheceu com ao som do toque de alvorada e com queima de fogos. No mesmo dia, o Teatro Goiânia foi inaugurado. Este foi o dia que o prefeito Venerando de Freitas recebeu a chave simbólica da cidade. Houve também a apresentação da peça “Deus lhe pague”.

Durante a noite, o evento foi encerrado com outra queima de fogos.

Chave da cidade guardada no estojo (Foto: Acervo MIS-GO)
Chave da cidade guardada no estojo (Foto: Acervo MUZ/MIS | GO)

 

Pedro Ludovico entrega a chave da cidade ao prefeito Venerando de Freitas. 05/07/1942. Autor não identificado. Goiânia – GO. (Foto: Acervo MUZ/MIS | GO)
Pedro Ludovico entrega a chave da cidade ao prefeito Venerando de Freitas. 05/07/1942. 
(Foto: Acervo MUZ/MIS | GO)

 

Pedro Ludovico e Venerando de Freitas após a missa campal. 05/07/1942. Autor não identificado. Goiânia – GO. Acervo MIS-GO.
Pedro Ludovico e Venerando de Freitas após a missa campal. 05/07/1942.
(Foto: Acervo MIS-GO)

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