PROGRAMAÇÃO

Goiânia recebe 12ª edição da Semana pela Legalização da Maconha

Evento termina no domingo com a Marcha da Maconha

Goiânia recebe a 12ª edição da Semana pela Legalização da Maconha entre 2, segunda-feira, e 8 de outubro, domingo. O última dia de evento culmina na conhecida Marcha da Maconha, com saída da Praça Universitária, a partir das 14h.

No primeiro dia, segunda-feira, houve debate na Casa de Vidro, às 19h. Nesta terça (3), a partir das 15h, terá roda de conversa no mesmo local, com mães cujos filhos fazem uso de medicamentos à base de maconha, enquanto na quarta-feira (4), a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) realiza audiência pública sobre o tema às 9h.

Já na quinta (5), haverá um bate-papo com a turma de Psicologia no miniauditório da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), na Praça Universitária, às 15h. No mesmo dia, mas às 18h30, terá um encontro aberto com o Comitê Dom Tomás Balduíno com discussão sobre descriminalização da maconha, no Iphan Goiás, na Praça Cívica.

A sexta-feira (6) será com um evento de rap e hip hop, às 19h, na Praça Universitária, e o sábado terá duas programações. Às 16h, no Martin Cererê, um campeonato de skate; e às 20h, um encontro no Bar Shiva. No domingo, como mencionado, ocorre a Marcha da Maconha Goiânia 2023.

A agenda, organizada pelo Coletivo Mente Sativa, ocorre ao mesmo tempo em que o Supremo Tribunal Federal (STF) discute a inconstitucionalidade da criminalização do uso de maconha. Ainda sobre a programação, foram realizadas reuniões com a Defensoria Pública (DPEGO), o Ministério Público (MPGO) e o Comando da Polícia Militar de Goiânia para garantir a segurança dos participantes. Também foram tomadas todas as medidas burocráticas para assegurar uma marcha livre de violência, com diálogo e muita conscientização pelas ruas da capital.

Policial rodoviário federal e suplente de deputado estadual, Fabrício Rosa (PT) é um dos organizadores do evento. Ao Mais Goiás, ele afirma que a luta não para é incentivar o uso e reforça que quem não utiliza também pode apoiar a causa.

“A luta é para denunciar os efeitos negativos da política de proibição, como a guerra que mata jovens da periferia e policiais; o encarceramento em massa de pessoas que não são violentas ou corruptas; a proibição de incentivo em pesquisas científicas para melhorar medicamentos; a dificuldade de acesso de pessoas que passam por dores graves [e precisam do remédio]; a dificuldade de separar usuário de traficantes [por isso o STF tenta criar critérios objetivos], etc.”

Por fim, Fabrício cita que diversos países já legalizaram a situação. “Estados Unidos, Canadá, México, Espanha, Portugal, Holanda e outros vários países já experimentam uma política mais racional e menos violenta de drogas”, menciona.