DENGUE

Goiânia registra quase 40 mil casos confirmados de dengue e 39 mortes pela doença

Embora alarmante, a SMS afirma que as notificações e mortes por dengue em Goiânia demonstraram queda na ultima semana

Aedes Aegypti, vetor da dengue (Foto: FreePik)

O último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que Goiânia é a segunda cidade do Brasil com maior registro de casos de dengue em 2022. Conforme expõe o levantamento, entre 2 de janeiro e 29 de outubro deste ano, a capital registrou 54.059 casos prováveis da doença. Na primeira posição, está a cidade de Brasília, com mais de 65 mil ocorrências.

Os casos prováveis, apontados pelo Governo Federal, são aqueles que consideram as notificações confirmadas e que ainda estão sob investigação de determinada doença. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o número de casos que já estão confirmados da dengue na capital são um pouco menores. Até momento, foram registrados 39.827 confirmações, 107 delas são casos graves da doença.

Goiânia

Apesar do número ser um pouco menor, a marca não deixa de ser alarmante. Especialmente porque é a maior marca já registrada pela pasta desde 2019, quando a capital contabilizou 24.540 casos confirmados por dengue.

De acordo com o levantamento da SMS da capital, a região Sudoeste de Goiânia é a que possui maior número de casos prováveis de dengue (9.962). Em seguida, estão as regiões Noroeste (7.706), Leste (7.418), Sul (7.083), Central (6.761), Oeste (5.553) e Norte (5.518).

Mortes por dengue

Outro dado que chama atenção, é a quantidade de mortes por dengue em Goiânia. Em 2022, a capital atingiu a 39 óbitos pela doença, empatando com número registrado em 2015, que é, até então, o maior já visto.

O levantamento da SMS mostra que o índice de mortes pela dengue em Goiânia vinha caindo desde 2018, quando foram registrados 22 óbitos pela doença. Em 2019, apesar do grande número de casos confirmados, somente 17 mortes foram registradas. Em 2020 e 2021, a capital teve queda recorde, com três e seis óbitos pela doença, respectivamente.

Murilo do Carmo, que é coordenador de ações contra dengue, zika e chikungunya em Goiás, afirma que o aumento das chuvas e a falta de cuidados da população para evitar criadouros do mosquito são alguns dos fatores que colaboraram com o aumento de casos em todo o estado de Goiás e, especialmente, em Goiânia.

Exemplo disso, é que a Prefeitura da capital encontrou focos de dengue em 57,7% das casas abandonadas que foram vistoriadas no primeiro trimestre de 2022.

Casos de dengue em queda

Embora alarmantes, a SMS afirma que as notificações e mortes por dengue em Goiânia demonstraram queda na ultima semana. Sendo assim, a maioria das regiões da capital está em fase de risco médico. Somente o distrito de Campinas e região Central estão em risco baixo.

A pasta afirma que está com agentes da Vigilância em Zoonoses em campo, realizando ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Em visita aos cemitérios da capital, na primeira semana de novembro, agentes eliminaram 933 possíveis criadouros com acúmulo de água e 14 focos do mosquito.

Seguem abaixo algumas das recomendações da Secretaria à população:

  • Eliminar os criadouros de sua residência;
  • Evitar jogar lixo em terrenos baldios;
  • Acondicionar adequadamente o lixo doméstico;
  • Limpar o seu quintal, calhas e piscinas;
  • Manter cobertos os reservatórios de água: caixas d’água, cisternas, fossas, outros reservatórios, Limpeza permanente de recipientes para impedir o acúmulo de água e criadouros do mosquito;
  • Denunciar para as autoridades competentes possíveis locais que possam estar acumulando água e se tornando possível criadouro de mosquitos;
  • Notificar qualquer ocorrência em relação à criadouros de mosquitos para o departamento de zoonoses, através dos telefones: 3524 3125 ou 156 (24 horas) ou 3524 3131 ou 3524 3129 ou o aplicativo Goiânia contra o Aedes.