PREJUÍZO

Goiânia: suspeito de furtar condomínio de luxo diz que vendeu itens de R$ 110 mil por R$ 2,5 mil

Desconhecido comprou os objetos na Feira da Marreta

Um servente de pedreiro que tem 22 anos confessou esta semana, segundo a Polícia Civil, ser o autor do furto praticado em uma casa que fica em um condomínio de alto luxo em Goiânia na noite do último dia 19 de agosto. Em depoimento, Luis Carlos de Lima Moura afirmou ter vendido os itens furtados, avaliados em R$ 110 mil, por menos de cinco por cento deste valor, para um desconhecido, na Feira da Marreta.

O furto na casa de alto padrão, que fica em um condomínio de luxo às margens da GO 020, na saída para Bela Vista, revoltou o dono do imóvel, que na ocasião gravou um vídeo criticando a segurança e mostrando os cômodos revirados, com várias coisas jogadas no chão. Pelo que apurou a polícia, após arrombar a janela do imóvel, o criminoso furtou uma televisão, relógios, celulares, perfumes, canivetes, máquinas de barbear, joias, notebooks, roupas e sapatos de marcas famosas.

Identificado e convocado para prestar depoimento no 24º Distrito Policial de Goiânia, Luis Carlos confessou a autoria do arrombamento seguido de furto, e disse que passou a tarde monitorando, do lado de fora, através de uma cerca, a movimentação dos moradores. A casa arrombada, relatou, foi escolhida de forma aleatória, depois que ele percebeu que o dono havia passado algum tempo se arrumando, antes de sair.

“Ele já sabia como era a movimentação no condomínio, pois havia trabalhado lá como servente, algumas semanas antes. Para entrar sem ser notado, ele foi até uma quadra de golfe, que fica na parte externa, do lado de uma área de preservação ambiental, e, com a ajuda de uma escada, saltou facilmente a tela de arame”, descreveu o delegado Anderson Pimentel, titular do 24º DP.

Os itens furtados, contou o servente, foram colocados em sacos de ração que ele mesmo levou, e depois deixados, por algumas semanas, em sua casa, em Aparecida de Goiânia. Somente no mês seguinte, segundo o delegado, foi que o autor do furto decidiu sair para vender as coisas furtadas, já que teria ficado temeroso após ver a repercussão do arrombamento nos meios de comunicação.

Suspeito montou estúdio de tatuagem com a venda dos itens

Tudo o que foi levado da residência, descreveu o servente durante depoimento, teria sido vendido por ele, a uma única pessoa, por R$ 2.500. Com o dinheiro arrecadado, o suspeito diz ter montado um pequeno estúdio de tatuagem em Aparecida de Goiânia.

Como não foi preso em flagrante, Luis Carlos, que já possuía uma passagem por furto, responderá agora por furto qualificado com o rompimento de obstáculos, delito que tem pena de reclusão que varia, de dois anos, até oito anos de reclusão. Segundo Anderson Pimentel, não há indícios de que o servente tenha arrombado casas em outros condomínios de luxo da Grande Goiânia.