Goianiense adere ao “home office”
Segundo pesquisa, 77 % das pessoas sentem que são mais produtivas quando trabalham fora do escritório formal
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O chamado home office (escritório em casa) pode ser vantajoso para diversos profissionais. Fazer o próprio horário, não pagar aluguel de uma sala comercial ou mesmo economizar tempo e dinheiro com o transporte, são algumas das vantagens. Por outro lado, exige foco, determinação e muita disciplina.
O consultor em negócio e doutor em economia, Marcelo Ladvocat, é um dos adeptos desse estilo. Ele a esposa, Roberta Ladvocat, representante comercial, estão casados há mais de 20 anos e resolveram aderir ao home office juntos.
Marcelo puxou a fila e já trabalha em casa há quatro anos. Já Roberta não resistiu e também seguiu os passos do marido há cerca de dois anos. E, em casa, cada um tem seu próprio escritório. “O interessante é que assim cada um tem seu espaço profissional e pode se dedicar ainda mais”, relata o economista.
O consultor em negócios conta que, dessa maneira, também reduz seus custos. “Pelo tipo de empresa e de serviço que efetuamos lá em casa, não precisamos de um ponto comercial fixo. O contato pessoal se dá, quase sempre, no escritório do cliente. E assim não precisamos gastar com aluguel e posso reduzir bastante meus custos”, diz.
Dentre outros benefícios, poder aproveitar a família, na opinião de Roberta Ladvocat, é um motivador e tanto. “Nos traz vários benefícios, além da parte profissional bem organizada e fazer o próprio horário, temos mais convívio com a nossa família. Temos dois filhos e também podemos aproveitar essa proximidade”, argumenta.
Mais produtividade
Segundo uma pesquisa realizada pela Citrix Systems, 77 % das pessoas sentem que são mais produtivas quando trabalham fora do escritório formal, enquanto 21% acham que têm a mesma produtividade e só 2% veem um rendimento menor.
“Isso se explica devido ao fato do funcionário se sentir mais livre e ter a autonomia de se organizar também fora do seu horário de expediente. Com a opção de home office, o colaborador geralmente vai além do seu horário e consegue produzir mais”, explica o consultor em gestão de carreiras, Luiz Alberto Guimarães.
Mas esse pode ser um fator perigoso reitera o especialista. “Os profissionais têm que ter uma visão mais específica do horário. Não é só pelo fato de estar trabalhando em casa que não se deve ter um horário programado para o serviço. As pessoas tendem a trabalhar além da cota em casa e isso pode ser prejudicial”. A saída, diz, é dosar o horário de lazer, descanso e trabalho.
De acordo com ele, esse modelo de trabalhar tem sido bem aceito pelos goianienses. “Tenho conhecido algumas pessoas que têm investido nessa opção e estão se saindo muito bem. O deslocamento em Goiânia está ficando complicado, além dos custos de imóveis fixos. Por isso alguns profissionais têm procurado bastante e a tendência é que esse modelo se expanda”, acrescenta.
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