//
O brasileiro Kaíke Luan Ribeiro Guimarães, de 18 anos, prestou na sexta-feira (23/01) seu primeiro depoimento às autoridades espanholas após ter sido extraditado ao país.
Detido na Bulgária em 15 de dezembro e acusado de tentar integrar-se às forças do Estado Islâmico na Síria, o goiano será julgado pela Audiência Nacional, corte espanhola de alta instância.
A extradição foi confirmada neste sábado (24/01) pelo Itamaraty.
O goiano será mantido em um centro penitenciário de Madri sem direito a fiança, durante o processo. Governos europeus têm lidado com mão firme em relação a casos de terrorismo. Diversos de seus cidadãos têm viajado à Síria para lutar nas fileiras do Estado Islâmico, incluindo o belga Brian de Mulder, filho de uma brasileira.
Nascido em Formosa, Guimarães foi preso pelas autoridades búlgaras em um posto fronteiriço rumo à Turquia. Ele nega as acusações e afirma que viajava a Istambul com amigos para as férias. As autoridades espanholas, que pediram sua extradição, acusam também a dois marroquinos que acompanhavam Guimarães.
Na Bulgária, ele foi mantido no centro de segurança de Haskovo, onde recebeu auxílio consular do governo brasileiro. Asmático, precisou de remédios e de cobertor, reclamando do frio de sua cela. Guimarães tinha o direito de telefonar às autoridades brasileiras semanalmente, mas não o fez com regularidade.
O brasileiro vivia em Terrassa, próximo a Barcelona, à época de sua detenção.