Goiás foi o Estado que mais gerou emprego no primeiro semestre deste ano no país. Foram abertos 16.614 postos de trabalho no mercado formal de janeiro a junho de 2016 (1,37% maior que no mesmo período de 2015). O resultado é quase três vezes maior que o do segundo colocado, o estado do Mato Grosso, que encerrou o período com 5.730 vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (27/7) pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS).
Os setores da agropecuária (9.868) e da indústria da transformação (6.057) foram os responsáveis por puxar o balanço positivo de Goiás nos últimos seis meses. A produção de grãos continuou aquecida, e a política do governador Marconi Perillo de incentivos fiscais e a de atração de novas empresas foram responsáveis pelo aumento da contratação de mão de obra neste período no estado.
O secretário estadual de Gestão e Planejamento, Joaquim Mesquita, avalia que o pior da crise econômico-financeira, que assola o país desde 2014, já passou e agora a economia brasileira tende a melhorar. Ele afirma que Goiás apresenta resultados de destaque na geração de empregos e de outros indicadores econômicos porque o “governo Marconi Perillo fez o dever de casa, com ajuste fiscal, redução de número de pastas e de comissionados e continua com sua política de investimentos em obras de infraestrutura, além de incentivar a iniciativa privada”.
Os setores produtivos goiano e do Mato Grosso foram os únicos a registrarem um resultado de admitidos maior que o de desempregados neste período no Brasil. São Paulo (-137.634), Rio de Janeiro (-104.818) e Pernambuco (-52.717) apresentaram os piores resultados do semestre. Para especialistas, o resultado negativo na grande maioria dos estados é um dos efeitos da crise econômica que o país atravessa, marcada por forte retração do setor produtivo e, por consequência, diminuição das contratações.
Apenas no último mês de junho, foram gerados em Goiás 3.369 empregos celetistas. Isso significa uma expansão de 0,28% em relação ao estoque de assalariado com carteira assinada do mês anterior. Os setores de atividade que mais contribuíram para essa expansão foram agropecuária (1.860), serviços (1.102) e indústria da transformação (1.019).
Cenário nacional
Enquanto em Goiás e no Mato Grosso o mercado contrata mais, no resto do país os desligamentos são maiores. No acumulado do primeiro semestre, o Brasil contabiliza saldo de 531.765 postos fechados. Este é o pior resultado para o período desde o início da série, em 2002. No acumulado dos últimos 12 meses (junho de 2015 a junho de 2016), o país fechou 1.765.024 postos de trabalho.