Goiás é o sexto Estado que terá mais prefeitos buscando a reeleição

Com o prazo das convenções dos partidos encerrado na última sexta-feira (05), a Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou nesta segunda-feira um estudo sobre os atuais prefeitos que pretendem concorrer à reeleição. De acordo com a pesquisa, 68,79% dos gestores elegíveis pretendem participar do pleito neste ano. O percentual é o mais baixo desde 2008, quando as chances de concorrer à reeleição eram de 76,9%.

Em Goiás, apenas 185 dos 246 prefeitos podem concorrer à reeleição. Entretanto, somente 136 afirmaram que vão participar do pleito, o que representa 55,2% dos gestores goianos. De acordo com o estudo da CNM, Goiás é o sexto estado que terá mais prefeitos buscando a reeleição, atrás apenas de Minas Gerais (448), São Paulo (313), Paraná (225), Bahia (206) e Rio Grande do Sul (202). Ainda em relação aos 185 prefeitos que podem participar do pleito, seis declararam que estão indecisos se tentarão um segundo mandato.

De acordo com a pesquisa, os principais motivos para a desistência dos 937 prefeitos em disputar a reeleição são as dificuldades de gestão, com 35,4%, e a falta de interesse em continuar na administração municipal, com 19% das menções. Um grupo de 72 gestores em todo País ainda estão indecisos e 247 não responderam à pesquisa da CNM.

O levantamento produzido pela entidade municipalista teve o intuito de retratar a intenção dos gestores municipais em permanecer no cargo no próximo ano. A CNM ainda afirmou em nota que, independente de quem assuma o governo, os entraves na administração municipal deverão continuar.

Situação dos Estados

Os dados apontam que a chance de reeleição é mais frequente nos estados das regiões Norte e Nordeste, enquanto que no Sudeste e Sul do País há uma resistência maior dos gestores em concorrer a um novo mandato. De acordo com o presidente da Federação Goiana de Municípios (FGM) e representante da CNM na região Centro-Oeste, Divino Alexandre da Silva, as dificuldades enfrentadas pelos gestores municipais nos últimos anos afetaram o resultado da pesquisa.

O presidente da FGM ainda afirmou que boa parte dos gestores que tentarão a reeleição poderão enfrentar dificuldades para vencer a disputa. “Muitos terão problemas para alcançar seus objetivos, principalmente por não conseguirem estabelecer uma eficiente comunicação sobre os motivos das dificuldades enfrentadas pela gestão”, previu Divino Alexandre. Ainda segundo ele, os gestores locais devem se esforçar ao máximo para entregar as contas em dia até o final do mandato e manter um diálogo aberto com a população local sobre as dificuldades e avanços que a cidade teve durante a crise que afetou o País.

A pesquisa aponta que, em 2000, por exemplo, 62% dos prefeitos elegíveis pretendiam se candidatar novamente. Esse percentual subiu para 63,3% em 2004, atingindo o seu auge no pleito de 2008, com 76,9% das intenções de reeleição. A partir deste ano, o percentual caiu drasticamente, atingindo 73,23% em 2012, até chegar em 68,79% em 2016.