Economia aquecida

Goiás obtém melhor resultado histórico das exportações em junho

Em contrapartida as importações apresentaram uma leve redução de 0,02%, na comparação com junho do ano passado


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O mês de junho para o comércio internacional goiano foi marcado por uma conquista histórica.

Desde que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior passou a mensurar os índices atingidos pelas balanças comerciais nos Estados Brasileiros, Goiás atingiu neste mês o melhor resultado comparativo aos outros meses de junho, ao exportar US$ 657,003 milhões.

Em percentuais, isso representa um aumento de 6,24% a mais do que foi comercializado em junho do ano passado; e um acréscimo de 22,9% no volume exportado quando comparado ao mês anterior, maio.

Em contrapartida as importações apresentaram uma leve redução de 0,02%, na comparação com junho do ano passado, o que, segundo o secretário, representa um cenário de estabilização na procura por produtos importados. Ao todo, foram adquiridos do exterior o montante de US$304,780 milhões.

O anúncio foi feito pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e vice-governador, José Eliton, na manhã desta terça-feira (07/07) em seu gabinete.

“Junho foi um mês excelente para o comércio internacional de Goiás. Obtivemos recordes nas exportações e no saldo comercial, e chegamos ao 17º resultado mensal consecutivo positivo. Somados os 17 meses que estamos atingindo superávit da balança comercial constatamos que foram injetados diretamente na economia goiana US$3,711 bilhões”, calcula José Eliton.

A soja continua figurando na primeira colocação entre os produtos com maior representatividade na balança comercial. Só o complexo soja representou 48,32% de todas as exportações do mês. Em seguida aparecem as carnes (bovina, suína e aves) com 18%; os minerais com 10,85%; e ferroligas 5,50%.

A China segue como o principal comprador dos produtos goianos. O gigante asiático respondeu por 37% das compras. A Holanda foi o segundo país comprador (10,71%). Depois aparecem Índia (8,97%), Rússia (3,87%), Irã (3,61%), Espanha (3,50%), Itália (3,35%), Arábia Saudita (2,59%), Coreia do Sul (2,22%) e Reino Unido (2,00%).

Segundo o titular da SED, o grande desafio é aumentar, na pauta de exportações, a fatia dos produtos manufaturados. “O estado é ainda muito dependente de produtos primários nas exportações. Mas temos buscado incessantemente alternativas para aumentar a participação de produtos com maior valor agregado”, garantiu.

IMPORTAÇÕES

Com relação às importações, os produtos farmacêuticos e da indústria automobilística representaram 26,75% e 23,97%, de tudo que foi importado, respectivamente.Os principais países de origem das importações foram Coreia do Sul (15,52%), Estados Unidos (13,56%), Japão (12,8%), Alemanha (9,93%) e China (6,96%).

Sobre as importações, o secretário disse que elas atendem demandas específicas de cada segmento, mas entende que a maioria das compras de Goiás no mercado externo é de produtos utilizados no setor produtivo goiano como os produtos farmacêuticos e fertilizantes.

SEMESTRE

As exportações goianas, de janeiro a junho, chegaram a US$ 2,894 bilhões, e as importações registraram US$ 1,748 bilhão. Com isso, o saldo comercial do semestre  acumula superávit de US$ 1,145 bilhão.

Sobre a importância desses números, o vice-governador e titular da SED destaca que o saldo goiano representou mais de 50% do superávit acumulado pela balança brasileira.  “Nos últimos anos, temos mostrado ao Brasil e ao mundo a força da nossa economia que cresce de maneira consistente e sustentada. A nossa contribuição com o comércio internacional do país é mais um indicativo de que estamos no caminho certo”, disse. A balança comercial brasileira fechou o semestre com superávit de US$ 2,2 bilhões.