Militarização

Goiás pode receber escola da Marinha

Almirante destaca que escola de Palmas, no mesmo modelo, cultiva valores como o patriotismo e a liderança

Governo de Goiás estuda a implantação de uma escola da Marinha em Luziânia, que fica na região do entorno de Brasília, a 197 KM de Goiânia. A ideia de trazer o projeto para Goiás foi da Sociedade dos Amigos da Marinha (SOAMAR). A secretária de Educação, Fátima Gavioli, deve visitar um projeto semelhante, em Tocantins, a Escola em Tempo Integral Almirante Tamanderá, instituição pública gerida pela Marinha.

“É uma escola muito bem equipada e cultua valores como patriotismo, coesão, liderança e companheirismo”. A fala é do almirante do 7º Distrito Naval da Marinha, Sérgio Goldstein, sobre o modelo tocantinense. Ele e uma equipe do órgão se reuniram com o governador do estado, Ronaldo Caiado (DEM), na última sexta-feira (15). Piscina, quadra coberta, horta, viveiro de peixes e aquecimento solar seriam parte da estrutura da escola, segundo Sérgio.

No mês passado, Caiado e Fátima utilizaram um discurso semelhante ao do almirante quando defenderam a obrigatoriedade de execução dos hinos nacional e estadual nas escolas goianas. Eles ressaltam a importância de cultivar o patriotismo nas crianças e adolescentes.

Escolas Militares

Até agosto do ano passado, em Goiás eram 46 escolas, com 53 mil alunos, sob administração da Polícia Militar. Outras 39 estão em processo de militarização. Há cinco anos, o estado tinha apenas oito colégios militares. De 2013 a 2018, o número de escolas estaduais geridas pela Polícia Militar saltou de 39 para 122 em 14 estados brasileiros. Isso representa um aumento de 212%. Só em 2019, outras 70 escolas devem ser colocadas sob a gestão de militares nesses estados. Os dados são da Revista Época.