Governador autoriza Iquego a produzir medicamentos contra AIDS e tuberculose
Governo de Goiás celebra parceria com as indústrias Rusan Pharma LTDA e Steri-7 LTDA para transferência de tecnologia à Iquego
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A Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) avançou, hoje, mais um passo na vanguarda da absorção de novas tecnologias para produção de medicamentos e produtos utilizados em hospitais. Em solenidade no 10º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, o governador Marconi Perillo assinou documento em que o Governo de Goiás, por meio da Secretaria Estadual de Saúde e a Iquego, celebra parcerias com renomadas empresas estrangeiras para obter tecnologia e proporcionar significativa melhoria no tratamento de doenças com AIDS, tuberculose e tabagismo.
Foram assinados dois documentos para transferência de tecnologia. O primeiro, com a Rusan Pharma LTDA, para a produção de medicamentos destinados ao tratamento da AIDS, tuberculose e tabagismo; o segundo, com a empresa Steri-7 LTDA para produção de produtos destinados à higienização e desinfecção de ambientes hospitalares.
A presidente da Iquego, Andréa Vecci, ressaltou que a empresa é um dos maiores laboratórios públicos do país que tem conseguido atender as demandas do SUS, e é pioneira na fabricação de alguns medicamentos e produtos, entre eles o glicosímetro. “As parcerias firmadas hoje permitiram à Iquego liderar tratamentos relativos à AIDS, tuberculose e dependência química”, destacou.
Presidente da Rusan Pharma, Navin Saxena ressalvou que a Iquego está na vanguarda do Brasil na área farmacêutica. O coordenador-geral de Assuntos Regulatórios do Ministério da Saúde, Joselito Pedrosa, representou o ministro Arthur Chioro e afirmou que Goiás tem se destacado na construção de um parque tecnológico na área farmacêutica que não perde para o de nenhum estado brasileiro. “E ao perceber esse fato, o Ministério da Saúde vem se aproximando de Goiás para apoiá-lo fortemente. As parcerias firmadas hoje são uma vitória. Coloco o Ministério da Saúde à disposição de Goiás”, disse.
O governador, por sua vez, agradeceu o Ministério da Saúde por ter iniciado, em 2012, as chamadas PDPs: Parcerias de Desenvolvimento Produtivo, que deram novo impulso às indústrias farmacêuticas do país. “Estava preocupado com o futuro da Iquego e das demais indústrias químicas do país. Não me canso de me lembrar do espírito moderno do governador Mauro Borges ao criar uma estrutura que, até hoje, ainda é moderna. Sempre relutei em fechar a Iquego, e busquei alternativas para que ela pudesse cumprir o seu papel histórico, a partir da década de 1960, quando foi criada”, declarou.
Ele lembrou que em 2012 o Ministério da Saúde sinalizou com uma nova política de parcerias das empresas estatais na área de medicamentos com empresas nacionais e estrangeiras. “Somente essas PDPs nos ajudam a viabilizar e dar sustentabilidade financeira à indústria química. Meu agradecimento sincero ao Ministério da Saúde pela iniciativa de aproveitar as tecnologias que temos. O mais importante é que o Ministério está definindo o que vai caber a cada uma dessas indústrias. É importante que haja diversificação”, observou.
Marconi afirmou que o Governo de Goiás vai cumprir com a aspiração de transformar a Iquego em uma empresa lucrativa, viável economicamente, “porque ao longo das últimas décadas o Tesouro Estadual foi fundamental para a continuidade da sobrevivência da indústria”, lembrou. “Tomamos a decisão que em Goiás não vai haver nenhuma empresa que não seja viável. Ou é viável economicamente ou vamos privatizar, realizar parcerias. A nós não interessa a privatização da Iquego, mas, sim, que ela se viabilize para continuarmos adquirindo medicamentos que são tão importantes para o Brasil”, disse.
Ele externou o desejo de que a Iquego possa, futuramente, cumprir um papel humanitário. “Por que não colaborar com nossos irmãos que vivem na África e padecem, sobretudo, com a AIDS? Desejo que tenhamos condições de colaborar nesse sentido”, sentenciou.