O governador de Tóquio, Yoichi Masuzoe, renunciou ao cargo nesta quarta-feira em meio a acusações de que ele usou dinheiro público para despesas pessoais. Masuzoe, que tinha resistido durante semanas aos apelos para renunciar em meio a um crescente furor público, entregou sua renúncia nesta manhã (no horário local), horas antes de um voto de censura na Assembleia local, informou uma autoridade do Governo Metropolitano de Tóquio.
Masuzoe, de 67 anos, optou pela renúncia depois que o governo e partidos da oposição concordaram em apresentar uma moção de não confiança contra ele, que tinha sido agendada para hoje à tarde. Nove partidos, incluindo os que apoiaram sua candidatura em 2014 exigiam a renúncia de Masuzoe, que será efetivada no dia 21 de junho.
O governador de Tóquio participava da preparação dos Jogos Olímpicos de 2020, acarretando em um novo golpe para a organização do evento, que tem sido atingida por vários escândalos. A comissão organizadora foi forçada a suspender seu primeiro logotipo oficial em meio a acusações de plágio e retirou um plano de construção de um estádio de US$ 2,1 bilhões após o público reclamar sobre o custo.
Entre seus gastos, Masuzoe levou a família para um resort, comprou pinturas japonesas tradicionais e fez refeições em um restaurante giratório. Ele divulgou um relatório este mês compilado por advogados que afirmavam que seus gastos não eram ilegais. Um comitê de especialistas jurídicos avaliou que os gastos foram impróprios, mas não ilegais, mas o governador não conseguiu acalmar o alvoroço público.