Governadores criam Fórum do Brasil Central

Com presença do ministro Mangabeira Unger e tendo Marconi como anfitrião, líderes do Centro-Oeste e do Tocantins lançam bloco para elevar competitividade e fortalecer o desenvolvimento econômico da região

Os governadores do Centro-Oeste e do Tocantins lançaram nesta sexta-feira (3 de julho), no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, o Fórum do Brasil Central, bloco que tem como meta elevar a competitividade e fortalecer o desenvolvimento econômico da Região Central do País. O Fórum vai executar uma série de medidas estruturantes por meio de uma agência de cooperação interestadual, cuja criação deverá passar pelo crivo das Casas Legislativas dos Estados já nos próximos meses.

“Avançamos hoje na institucionalização do fórum de governadores, na viabilização desta agência de fomento e na definição de prioridades e na definição de prioridades. Agora, vamos desdobrar e detalhar as nossas agendas nas próximas reuniões. Teremos a operacionalização prática do que discutimos hoje aqui”, destacou o governador Marconi Perillo, que coordenou a reunião, no 10° andar do Palácio.

Criado por sugestão do ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Mangabeira Unger, o bloco manterá reuniões mensais até o fim de 2015. O próximo encontro está agendado para o dia 7 de agosto, em Cuiabá (MT). Os seis eixos estratégicos de atuação do fórum, definidos na reunião desta sexta-feira  e debatidos pelos secretários de Planejamento e Fazenda desde ontem, foram aprovados de forma unânime pelos Estados.

Além de Marconi, os governadores Pedro Taques (MT), Reinaldo Azambuja (MS), Marcelo Miranda (TO) e Rodrigo Rollemberg (DF), representado  pelo vice, Renato Santana, assinaram a Agenda de Desenvolvimento do Brasil Central, chamada de Carta de Goiânia (em arquivo anexo). Rollemberg não participou da reunião, mas se juntou mais tarde à comitiva, durante almoço no Palácio das Esmeraldas.

Marconi ressaltou, em coletiva,  que  os secretários da Fazenda, de Assuntos Estratégicos e Planejamento de cada um dos Estados vão dar prosseguimento imediato aos trabalhos para que seja possível a viabilização “deste instrumento de desenvolvimento horizontal”. “Estamos redesenhando o pacto federativo do País. Vamos convidar ainda o governador de Rondônia (Confúcio Moura) a integrar este fórum”, revelou.

Ele lembrou que os recursos da agência virão de recursos que já existem, como do FCO e FDCO, e da securitização de crédito, venda do patrimônio imobiliário, recursos dos depósitos judiciais. Marconi destacou a importância do bloco para enfrentar a crise econômica que atravessa o País. “A crise gera uma situação diferenciada para todos os Estados. Não estamos imunes a ela. Temos convicção que vamos sair primeiro da crise aqui no Brasil Central. Tenho certeza que este mecanismo criado aqui hoje, com as politicas que vamos adotar daqui para frente, diminuirá os efeitos da crise”, disse.

A ideia, explicou o governador, é dar força e rumo à Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). “Proporemos à Sudeco, revitalizada, enfrentar as grandes desigualdades que persistem dentro de nossa região e de nossos Estados e o Distrito Federal. Entretanto, não nos limitaremos às iniciativas de âmbito federal. Os próprios Estados e o Distrito Federal decidirão, com base em suas realidades e suas aspirações, a participação em nosso movimento.”

O ministro Mangabeira Unger, por sua vez, destacou que este é um “grande momento na história do País”.  Segundo ele, o Bloco servirá para, além de resolver os próprio problemas regionais, sinalizar o caminho de desenvolvimento para o País.

“É uma estratégia de desenvolvimento nacional produtivista e capacitadora. Teremos reuniões frequentes organizadas por uma entidade que vai formular a política rebelde de desenvolvimento desta parte do País. Começamos aqui a identificar um conjunto de iniciativa exemplares. O  Brasil se caracteriza pelo dinamismo. Esta vitalidade assombrosa aparece com mais vitalidade no Brasil Central”, destacou.